"Vamos provar que essa line ficou melhor ganhando essa vaga", diz zevy

Todos os olhos do Brasil estão na Imperial, mas a paiN ainda sobrevive no RMR americano. Um dos destaques da equipe, Romeu "zevy" Rocco está confiante que o time tem o necessário para bater Imperial e Complexity e beliscar a sexta e última vaga no IEM Rio Major.

"A gente cresceu bastante durante o torneio, começamos meio mal, jogando contra a Arctic e a Complexity não jogamos o que jogamos todos os dias nos treinos, então evoluímos bastante. Podemos esperar uma paiN muito forte ainda neste campeonato", disse o awper em entrevista à Dust2 Brasil.

"Acho que conseguimos jogar bem contra a Complexity, mesmo tendo perdido a Ancient pra eles. O nosso estilo de jogo contra a Imperial é bom, conseguimos ler bastante eles. E sabemos o que fazer contra a Complexity, já que assistimos bastante demos deles no outro dia para jogar a md1, porque valia muito, era o 2-0", destacou.

Segundo zevy, a paiN oscilou no campeonato por alguns motivos, incluindo um seed que fez a equipe enfrentar alguns dos favoritos, a falta de ritmo de jogo e também um pouco da mentalidade.

"Acho que estamos pensando muito no que eles farão, e não no que nós faremos, esse é um ponto negativo que já abordamos para os próximos jogos. Vamos focar mais no nosso porque acho que esse foi o problema nos dois jogos (perdidos). Estudamos bastante, eles fizeram algumas coisas que nós estudamos, só que não era só aquilo que tínhamos que fazer, tinha mais coisas também", explicou zevy, que também ressaltou a falta de ritmo.

"Nós perdemos mesmo o ritmo para jogar o RMR. Treinar não é a mesma coisa que jogar campeonato, por isso evoluímos bastante ao longo do campeonato. Pegamos a Complexity e a FURIA que já estavam embaladas da Pro League. Eles só continuaram, a gente parou e estamos voltando agora", disse.

"Na verdade, acho que o diferencial para eles terem vencido os primeiros jogos foi esse ritmo. Apesar disso, nossos treinos foram muito bons, jogamos contra times muito bons do top 5, 10. Ganhamos, perdemos, aprendemos, foi muito bom para nós", completou o jogador.

Mesmo que tenha participado do PGL Major Stockholm, zevy não conseguiu sentir algumas das coisas que o mundial proporciona, como os stickers e a arena - por conta da pandemia, o jogador atuou isolado, em contato apenas com seu time.

"A vontade ainda está viva. Vai ter torcida, vai ser muito louco, todos brasileiros. Ainda tenho vontade de ter meu stickerzinho e acredito que vai ser dessa vez aqui", disse.

Para isso, porém, zevy terá de fazer algo que irá desagradar boa parte dos brasileiros: eliminar a Imperial.

"Os caras da Imperial são lendários, não tenho o que falar deles. O texto que o FalleN fez no Twitter esses dias até me emocionou, foi sinistro. Eu tenho muito respeito por eles, se não passarmos, gostaria muito que fossem eles. No Major do Rio, não podem faltar eles. Estou acreditando muito na gente, então foi mal FalleNzão, foi mal rapaziada da Imperial, desculpa aí, se encontrarmos vocês não vai ter o que fazer, teremos que ganhar", afirmou.

Melhor que o ex

Antes dos louros trazidos pela vaga no RMR e o título da ESL Challenger Melbourne, a paiN foi criticada pelas entradas de Felipe "skullz" Medeiros e do próprio zevy, já que o antigo time com Gabriel "NEKIZ" Schenato e Gabriel "nython" Lino terminou a temporada em alta, com vagas na BLAST Premier Spring Final e na IEM Cologne.

Segundo zevy, ele e os novos companheiros se divertiram com as críticas e que eles vão provar que são um time melhor conseguindo a vaga.

"Na verdade eu dei até risada com a rapaziada do time. Eles falaram que o jogo mudou bastante, com a nossa entrada e as trocas de funções. Nós agregamos muito mais que a antiga line e estamos aqui para provar. Vamos buscar essa vaga agora e provar. Eles não conseguiram da outra vez, e vamos provar que essa line ficou muito melhor ganhando essa última vaga", cravou.