Tuurtle em entrevista à Dust2 Brasil na IEM Cologne

Tuurtle: "Não podemos nos contentar só com o play-in"

Após derrota para a Movistar Riders, Tuurtle disse que o time não aceitará bem uma eliminação precoce

O MIBR não se contenta com apenas ter alcançado a primeira fase da IEM Cologne. Ao menos é o que garante Matheus "Tuurtle" Anhaia, que falou à Dust2 Brasil logo após a derrota do time contra a Movistar Riders.

"Uma eliminação precoce não seria bem aceita. Sabemos do nosso potencial, sabemos que podemos ganhar da Tyloo, de uma Movistar ou de uma Vitality, só precisamos entrar no nosso jogo, botar ritmo, e acho que não podemos nos contentar só com play-in", disse Tuurtle.

Na estreia, a equipe perdeu de maneira dolorosa para a Movistar Riders. Na Ancient, os brasileiros abriram 11-4 de CT, mas acabaram derrotados após fazer só dois pontos do lado terrorista.

"A gente fez um lado CT bom, entrou bem confiante nesse mapa. De TR é difícil de jogar, querendo ou não a Ancient está (com o lado CT) forte. Sabíamos da dificuldade, tínhamos feito um plano de jogo, mas os primeiros rounds (de TR) não deram certo, o placar já vai para 11-11, aí o CT constrói uma economia e fica um jogo difícil, ainda mais sendo md1. Tentamos, fizemos tudo que pudemos, poderíamos ter saído com a vitória, mas foi no quase", contou o jogador.

"A gente conseguiu pegar boas vantagens durante os rounds armados, soube como jogar os jogos, mas foi detalhe. Teve um round que foi 5 contra 4 e tomamos uma batida que não esperávamos, (se ficássemos) mais 10 segundos parados teríamos ganho o round, teríamos punido o avanço dos caras. Tiveram rounds decisivos, clutches, que entramos B num forçado, e ganhar um round de TR no forçado é muito forte. Nessa Ancient os rounds foram bem parelhos", completou.

Agora, a equipe muda o foco para a Tyloo, que foi derrotada pela Vitality na estreia e vai enfrentar os brasileiros no jogo eliminatório, às 7h30 desta terça-feira. Tuurtle acredita que os chineses serão adversários mais tranquilos.

"Jogamos contra eles na ESL Conference (League), ganhamos de 2 a 0. Sabemos que é um adversário difícil, mas em comparação com os times de tier 1 e 2 que estamos jogando agora, é mais fraco, então conseguimos impor mais o ritmo, ir mais para frente, botar o nosso jogo e querendo ou não isso facilita bastante", disse.

Tuurtle contou que o time "aprendeu uma lição" após a derrota para a Rare Atom, outro time chinês, em Valência.

"Conseguimos tirar uma lição de toda derrota, querendo ou não estamos um pouco afobados, ansiosos, entramos um pouco confiantes demais contra a Rare Atom. Acontece, é do ser humano, a gente já conversou e está todo mundo bem, acho que vai ser um jogo tranquilo contra a Tyloo", finalizou.

Período de adaptação

O MIBR decidiu por kickar Adriano "WOOD7" Cerato e trazer Breno "brnz4n" Poletti há menos de um mês, o que faz com que a equipe ainda não esteja 100% adaptada ao estilo do novo capitão, Marcelo "chelo" Cespedes e ao novo awper. Tuurtle compara o MIBR a um time de futebol, que muitas vezes demora para assimilar as ideias de um novo treinador.

"O time está começando a entender como cada um jogo, como é o chelo de capitão e como é o Breno (brnz4n) de AWP. Isso demora um pouco porque não estamos tendo muito tempo para treinar, estamos jogando muitos campeonatos, viajando, pegando voo uma vez por semana, e isso nos faz perder um dia de treino praticamente", contou.

"É difícil tentar se adaptar, conversar, usamos o máximo de tempo possível, mas isso vem com o tempo. É como no futebol, por exemplo, um time que troca de técnico, muda muitos jogadores, começa lento por 2 ou 3 meses e depois engata. Precisamos de um tempo de adaptação, vai ter o player's break agora, vamos conseguir conversar bastante tempo, descansar, ver táticas e nos conhecermos melhor. Para o próximo semestre viremos muito fortes", finalizou.

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