“Queríamos provar que somos a Super FURIA”, afirma drop
A Super FURIA está demais e chegou aos playoffs do PGL Major Antwerp. E de acordo com André "drop" Abreu, ela quer provar que pode mais - e quer provar que é, de fato, a Super FURIA.
"Para ser sincero, é um momento de alívio", disse drop em entrevista à Dust2 Brasil logo após a vitória contra a G2 e a classificação para a próxima fase.
"A gente queria muito provar que somos realmente, como estão nos chamando, a Super FURIA. Queríamos provar que somos um time bom, que está aqui para buscar por títulos e não para se contentar com classificação aos playoffs ou por fazer bons jogos com grandes times", continuou o jogador.
"Então é uma sensação de alívio e de conforto, agora tenho a certeza que está todo mundo muito feliz que poderemos jogar na arena, ver os torcedores de novo, a emoção que é todo mundo vibrar a cada round", contou.
Mindset certo
A série começou na Vertigo, mapa de escolha da FURIA. Depois de ficar atrás na primeira metade, o time mostrou um lado CT muito sólido para conseguir fechar o placar em 16-12.
"A gente estava 100% confiante na Vertigo, é um mapa que temos muito conforto, que temos ferramentas para qualquer tipo de situação, então independente da gente estar na frente do placar ou atrás, estávamos nos sentindo confortáveis no jogo, sabíamos o que eles estavam fazendo, sabíamos o que precisávamos fazer e quando começou a encaixar a gente só conseguiu finalizar o jogo", explicou.
Depois, o time foi para a Inferno e, mesmo terminando o primeiro tempo na frente, acabou
derrotado por 16-14.
"Já era esperado da nossa parte uma certa dificuldade do lado TR principalmente. De CT pecamos em alguns rounds que eram cruciais, então acabamos fazendo menos rounds do que deveríamos em um todo e esses rounds no fim do jogo faltaram de TR. Mas, quando acabou a gente sabia que tínhamos perdido mais pra gente do que pra eles, sabíamos que mesmo tendo perdido um mapa a gente estava em um momento bom, então só precisamos mentalizar", contou drop.
Tudo se resolveu na Ancient, mapa em que a FURIA soube jogar no lado ofensivo e brilhou na
defesa.
"A gente sabia o que fazer, entramos na Ancient com o mindset certo, sabendo que estaríamos do lado fraco que é o lado TR, então independente das coisas que estavam acontecendo a gente estava com um mindset certo e sabíamos do que éramos capazes de fazer e fizemos isso no fim", disse.
Criado e educado
Aos 18 anos, drop é o jogador mais jovem da FURIA, mas tem chamado a atenção pela postura antes do jogo, chamando a responsabilidade e protagonizando nos discursos. Para drop, isso é algo natural.
"Acho que é algo que vem da minha personalidade, como fui criado, educado. Eu me sinto confortável falando com as pessoas que estão ao meu redor, me sinto confortável motivando eles, e eu sinto que a galera que está há mais tempo precisa disso. Então se isso é um ponto que posso ajudar eles, eu tô fazendo", contou.
"O guerri ajuda nisso, temos mais pessoas por trás que estão fazendo um trabalho também. Não é muito esperado, mas é algo que eu me sinto confortável fazendo e, agora que vimos que dá certo mesmo, eu pretendo continuar e só melhorar cada vez mais para motivar meus companheiros para atingirmos melhores resultados", completou.
Mas não é só na gritaria que drop se destaca. O jogador também tem aparecido em rounds chaves para a FURIA, especialmente nos forçados, e impactado muito nos resultados do time. Para drop, sua face decisiva é algo que surge naturalmente.
"Acho que é meio natural, eu trabalho bastante com o Bernardo para não sentir nervosismo nos rounds mais importantes, então quando chega eu só estou mais calmo do que deveria e eu acabo brilhando, vamos dizer assim. É muito gostoso esse momento, quando eu apareço em algum round importante, é muito bom poder ajudar meu time a vencer. Em relação a falar bastante", finalizou.