boltz: "Não jogamos só pela gente, jogamos pelas 710 mil pessoas"
A campanha da Imperial no PGL Major Antwerp chegou ao fim, mas o sentimento de "valeu" tomou conta da comunidade brasileira. Com a eliminação na última rodada do Legends Stage, o time tem se apoiado no carinho da torcida para superar a frustração. Ricardo "boltz" Prass disse que o impacto da torcida, que colocou mais de 700 mil pessoas no jogo da quarta rodada, é imensurável.
"Não tem nem como mensurar. Não jogamos só pela gente, jogamos pelas 710 mil pessoas que colaram para assistir contra a Cloud9. É incrível, é assustador, não tem nem como mensurar isso", disse o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.
"Continuaremos trabalhando muito, como sempre trabalhamos, e vamos continuar, para dar alegria para essa galera que acompanha a gente. Vamos continuar nessa pegada porque em três meses de time fizemos muitas coisas, e sabemos que dá para chegar mais longe ainda", completou.
boltz revelou que o sentimento após a derrota é de que o time poderia fazer mais, mas o resultado já foi bom para uma equipe de apenas três meses.
"Queríamos mais, sempre queremos mais, ainda mais depois de ganhar da Cloud9, um time top 4 do mundo. Sabíamos que se fizéssemos uma boa partida nós poderíamos passar para os playoffs, o que seria um sonho. Se analisarmos friamente agora, fizemos muito mais que o esperado. Temos três meses de time", contou.
"Ninguém acreditava, mas a gente claramente acredita, mas sabe que é muito difícil, está muito difícil, o pessoal já está aqui há muito tempo e estamos aqui começando, três meses apenas. Antes, só chegar no major seria bom, passamos para o Legends Stage, um passo a mais do que a gente esperava, mas fica um gosto amargo de ter chegado tão perto", garantiu o jogador.
A escolha
O duelo já começou acirrado nos vetos. Como a Overpass é o mapa de escolha dos dois times, a Imperial decidiu pcikar Inferno - onde o time tem tido um excelente desempenho -, e deixou a Overpass para o terceiro mapa, o que pegou parte da comunidade de surpresa. boltz explicou.
"Sabíamos que se pickassemos Inferno, a Overpass sobraria para o terceiro. Se a gente pickasse Overpass, não sobraria a Inferno para o terceiro, então fazia mais sentido. A Inferno deles, não que pareça agora, tomamos 16-2, mas estatisticamente ela é bem pior que a Overpass, e assistindo nós também achamos isso. Não conseguimos fazer basicamente nada, a Inferno não saiu como o planejado", contou.
Na Vertigo, porém, o time teve um desempenho bastante superior, mas mesmo assim acabou derrotado na segunda prorrogação.
"(Depois de perder a Inferno) ficamos tranquilos. 16-2 ou 16-14 é derrota do mesmo jeito. Falamos em resetar e ir para o próximo mapa, porque sabíamos que seria um mapa difícil, porque a Vertigo é um mapa que não ganhamos nesse major ainda. Fomos tranquilos, jogando, começou difícil, mas conseguimos manter nossa tranquilidade para ir buscando os rounds e faltou muito pouco", contou.
Foco no map pool
Fora do mundial, a Imperial focará em melhorar o map pool e disputar suas próximas competições, começando pela IEM Dallas no final de maio.
"Antes do major começar, se nos dissessem que chegaríamos aqui (Legends Stage), já acharíamos bom. O primeiro objetivo era classificar, depois chegamos no Legends Stage, algo que nos trouxe felicidade só por estar aqui. Conseguimos um feito enorme. Chegamos próximos dos playoffs, era um sonho, mas não deu. Agora temos Dallas, com essa vitória praticamente garantimos a vaga para Broken inline Cologne", disse boltz.
"Temos mais dois ou três campeonatos que já estavam marcados. O principal objetivo é melhorar nosso map pool. A Inferno e a Overpass estão muito fortes, apesar dessa derrota que tomamos hoje. Também temos a Mirage, mas precisamos melhorar nossos outros mapas", finalizou.