nak diz que MIBR não pode "se contentar com fazer bons jogos com times melhores"
Uma derrota na quinta rodada do PGL Major Antwerp é indigesta, e Renato "nak" Nakano acredita que é melhor encará-la de frente do que adotar uma postura de "valeu". Em entrevista à Dust2 Brasil, o strategic coach do MIBR disse que o time não pode se conformar com a derrota.
"Eu não gosto desse papo de valeu, de que é nossa primeira vez e da próxima vai ser melhor. Quando chegamos falamos que íamos passar, que esse era nosso objetivo, e agora vai ser a mesma coisa. Não vamos ficar contentes com o resultado, porque temos que acreditar (que vamos passar de fase)", afirmou o treinador.
"No próximo que entrarmos, vamos de novo entrar acreditando. Depois que perdemos tá beleza, sentamos e vemos onde estávamos errados. Mas vamos voltar sempre com a mesma mentalidade de acreditar sempre e não se contentar com fazer bons jogos com times melhores", continuou.
"Se acreditarmos que fizemos um bom campeonato sem passar, estamos entrando no jogo do jeito errado. Acreditávamos até o fim que passaríamos, vamos nos decepcionar, mas temos que acreditar", completou nak.
Devendo do lado CT
nak acredita que os mapas escolhidos da série foram bons para o MIBR, mas o time pecou na reta final da Vertigo. A única alternativa viável para o treinador poderia ser a Dust2.
"Os mapas foram bons, eles pickaram Ancient e o nosso lado CT poderia ter sido muito melhor. A Vertigo foi um bom mapa, chegamos a ficar 9-9, fizemos um TR bom até, fazer seis rounds é bom, vencemos o pistol, mas faltou o CT. Em questão de mapas, não teria o que fazer (diferente). Talvez uma Dust2, mas eles são muito bons lá também. O map pool foi bom, faltou fechar mesmo essa Vertigo no finalzinho", disse.
Antes, porém, o time teve atuações bastante distintas nos dois primeiros mapas. Depois de um ótimo lado CT na Nuke, o time ficou devendo do mesmo lado na Ancient e na Vertigo.
"Eles jogaram de uma maneira diferente dos dois primeiros mapas para o terceiro. No terceiro mapa eles, de TR, só acalmaram e começaram a fazer uns fakezinhos de final de round e não conseguimos ter essa leitura. Por conta do nervosismo estávamos meio ansiosos, tomando fakezinho bobo, fazendo rotações que não costumamos fazer, e acho que foi mérito deles ter essa leitura e jogar dessa maneira no final do jogo", disse.
Mudança de hábito
Apesar de nak não querer levar o resultado como positivo, ele enxerga algumas coisas boas e outras que podem evoluir. De acordo com o treinador, ainda há espaço para melhorar hábitos dos jogadores.
"É um ponto que viemos conversando, temos que evoluir um pouco mais na questão de comportamento, tomar cuidado com a alimentação, com os horários de dormir, a gente tenta fazer tudo da melhor maneira para os jogadores ficaram 100%, mas ainda tem para onde evoluir nesse ponto também, é alguma coisa que conversamos bastante", afirmou.
"Cada detalhe do jogador, tanto in-game quanto out game, fazem a diferença no nível que estamos hoje em dia. Esse é um dos pontos, mas é um conjunto", continuou.
"Sempre tem espaço para evoluir em todos os campos. Daqui vamos ver esse último mapa e ver como o jogo estava nas nossas mãos e tomamos atitudes que não costumamos tomar, acho que por conta do nervosismo pra fechar. Esse vai ser o ponto principal. Vamos continuar trabalhando em todas as áreas, mas o principal é isso, é questão de nervosismo para fechar o mapa. Não é um ponto que temos sofrido tanto, tivemos vários comebacks e mostramos muita resiliência, mas nesse jogo pecamos um pouco sim, talvez por causa do momento", finalizou nak.