Jaime (dir) comemorando a classificação da FURIA na IEM Rio

FalleN já se pagou? CEO da FURIA responde e fala sobre "CS dependência"

Jaime Pádua avaliou os primeiros sete anos da organização e projetou futuro

A FURIA está comemorando o sétimo aniversário neste ano. Já consolidada no Brasil, a organização quer se tornar uma das cinco maiores no mundo. Em entrevista à Dust2 Brasil, o CEO Jaime Pádua, além de projetar o futuro, também falou sobre a importância do CS2 no clube e respondeu se a contratação de Gabriel "FalleN" Toledo já se pagou.

Analisando os primeiros sete anos da FURIA, Jaime apontou que a organização chegou mais longe do que imaginava no período. "Alcançamos voos muito altos e num tempo que não imaginávamos. Hoje representamos o Brasil no topo do mundo, mas não só no CS2, como também no Rainbow Six e Rocket Leage", afirmou.

Para os próximos sete anos da FURIA o CEO quer a organização estabelecida entre as cinco maiores organizações do mundo. "Acredito que temos essa capacidade já que temos o público brasileiro, que é muito forte, uma torcida fanática, além da presença de muita gente competente e talentos no clube", opinou.

Jaime concordou que o rápido sucesso da FURIA nos esports é consequência do sucesso no Counter-Strike. Porém, desde cedo, a organização já entendia precisar não ser tão dependente do FPS da Valve: "O CS é muito grande para nós e nós somos muito felizes pelo sucesso que temos na modalidade, mas também queríamos ter sucesso em outras modalidades e, sem dúvidas, o CS alavancou tudo isso."

Mas ainda há uma "CS dependência" na FURIA? Jaime respondeu que, em termos de resultado não, mas em termos de audiência ainda sim.

"É um jogo que tem muita pertinência só para a FURIA, mas para qualquer organização internacional. Então isso é natural, não podemos mudar o que é o mercado. Existe um peso da modalidade, mas hoje temos outras grandes modalidades que estão competindo em um nível muito alto, como o próprio Rocket League", afirmou.

FalleN se pagou?

Nesses primeiros sete anos a principal movimentação da FURIA no Counter-Strike foi a contratação do bicampeão mundial. FalleN está próximo de completar um ano e meio pela organização e, segundo Jaime, o Verdadeiro já retribuição ao clube o valor investido superior a R$ 3 milhões.

"Teve um impacto gigantesco na organização. Não diretamente por meio das ações, mas o exemplo que ele representa para todo mundo. Para nós é um privilégio trabalhar com ele, que tem liberdade para trocar ideias sobre possibilidades de projetos, ativações. Por exemplo, dá para ver nas nossas redes sociais que ele está criando agora vários projetos com nossa equipe de conteúdo", destacou.

90% da FURIA autossustentável

No pós-pandemia muitas organizações passaram a vivenciar com crises financeiras, algumas, inclusive, encerrando as operações. Mas essa não é a realidade da FURIA, de acordo com Jaime, que afirmou que a organização tem 90% dos projetos autossustentáveis.

"Alguns jogos não têm o mesmo sistema econômico de outras modalidades, mas têm audiência forte. Então, conseguimos retirar ali patrocinadores, com outros projetos especiais e ativações. Temos hoje um mix de modalidades que são bem sustentáveis e estamos bem posicionados nisso", explicou.

Estruturada para não depender dos stickers

A saúde financeira das organizações presentes no Counter-Strike está muito atrelada a classificação. E não é certo que todo mundial renderá aos times sempre a mesma quantia. Jaime garantiu que a FURIA está estruturada para não ser tão impactada quando os stickers não renderem tanto ou até mesmo a organização não ir ao Major.

"Estamos bem estruturados, não só em termos de receitas com itens digitais, mas também de patrocinadores. Então, estamos bem tranquilos em relação a isso. Queremos ver o jogo crescendo, tendo cada vez mais audiência e torcida. Sabemos que os jogos passem por ciclos e não conseguimos controlar receitas em relação a quanto ganharemos, mas da nossa parte trabalhamos para proteger a modalidade e a organização quanto a isso", afirmou.

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#1(Com 0 respostas)
11 de outubro de 2024 às 21:03
was_andarilho
parabens pela entrevista. muito bom o conteudo
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