Classificação para o Major "tira um piano das costas", diz biguzera
A paiN de Rodrigo "biguzera" Bittencourt é a terceira equipe do RMR Americas a se classificar para o PGL CS2 Major Copenhagen. De acordo com o IGL, a classificação "tira um piano das costas".
"É um sentimento único, são seis meses trabalhando para estar lá (no Major), então é como tirar um piano das costas. Acho que o único sentimento que consigo descrever é de dever cumprido e estamos muito felizes", disse biguzera em entrevista à Dust2 Brasil.
O capitão da equipe ainda falou sobre a importância de ajudar os jogadores mais jovens da equipe a colocarem seus nomes no jogo: "Estar no primeiro Major de CS2 significa muito. Colocar o nome dos meninos no jogo também, é uma coisa que é uma vontade enorme deles. Falei que foi um divisor de água para eles, até hoje cedo eles eram um jogador e agora são jogadores com o nome no jogo, já é diferente".
a paiN se classificou após vencer e eliminar a ODDIK no RMR. A equipe de biguzera venceu sem grande problemas, por 13-3 na Inferno e 13-7 na Vertigo. Para o jogador, seus adversários não fizeram uma boa escolha de mapa.
"Na minha visão eles não escolheram o mapa que era o bom deles, escolheram pensando no que era ruim nosso. Na minha visão, quando um time entra com esse tipo de pensamento atrapalha o próprio jogo deles. Na Inferno acho que eles foram mais pelo nosso map pool do que pelo o deles. Para ser bem sincero não esperava Inferno, e sim Anubis, mas como eles escolheram Inferno também nos preparamos muito no bootcamp porque sabíamos que os times iriam pickar. Estamos muito preparados, quando escolheram Inferno ficamos mais felizes para ser sincero, e a Vertigo também nos preparamos. Só esperamos a Vertigo, Inferno não."
E, de acordo, com biguzera ter enfrentado apenas equipes brasileiras fez com que sua equipe soubesse o que esperar dos outros times: "Sabemos todas as características de cada jogador, sabemos se ele vai defusar direto ou não então é tudo muito estudado e muito conhecido.
Criticas da comunidade
Após o Major de Paris a paiN reformulou sua equipe, e essas mudanças foram muito criticadas pela a comunidade. Para biguzera isso é normal, porque o torcedor não sabe o que acontece dentro do time.
"Acho que é normal, o torcedor que está de fora muitas vezes não sabe o que passa por dentro. As mudanças nem sempre são sobre desempenho, sempre tem coisas a mais que nós como equipe profissional preferimos não expor. Deixa que a gente faz o nosso trabalho que é jogar e os torcedores fazem os deles, que é torcer."
E a paiN apostou em jovens talentos, como Kaue "kauez" Kaschuk, que recebeu um VAC ban aos 17 anos e só foi liberado para jogar há poucos meses. biguzera explicou a preferência pelos nomes pouco experientes.
"É o pensamento de cada time, somos uma equipe que desde sempre tivemos zevy e skullz que são garotos novos também. É o meu tipo de mentalidade junto com a do Bruno (ellllll, diretor da paiN) e a do rikz. Tem muito moleque novo no Brasil que jogo muito então acho que é melhor dar oportunidade para eles que tem vontade de crescer do que os mais velhos que já estão mais acomodados", disse.
Saudade da família
biguzera também falou sobre a saudade que sente da família quando está longe. O jogador também falou que sendo pai pensa todos os dias em mudar de função para ficar mais com sua família.
"Isso é o que eu mais penso (mudar de função para ficar mais perto da família). É muito difícil para mim, todo dia eu penso nisso. Nos dias ruins esses pensamentos vêm mais forte, os dias bons fazem valer a pena. É essa mescla entre os dias bons e os ruins, sempre tentando manter os bons. Trabalhamos muito para ter os dias bons e tentar afastar o máximo esse tipo de pensamento. Mas é muito difícil, a saudade é enorme todo dia, mas eu sei que é minha profissão e elas entendem também", finalizou.