Oliver Erbe na IEM Cologne (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

Amado pelos brasileiros e apaixonado em CS: conheça Oliver Erbe

Stage manager da ESL há 7 anos conta relação com a IEM Cologne e jogadores brasileiros

Amado pelos brasileiros e apaixonado no CS: Conheça Oliver Erbe

Jogar e vencer um grande campeonato em casa é um sonho para todos os jogadores que ainda não realizaram o feito - como Dan "apEX" Madesclaire e Mathieu "ZywOo" Herbaut conseguiram ao vencerem o Major em Paris. No entanto, trabalhar em casa não é especial somente para os jogadores.

Oliver Verbe, também conhecido como Oli Versum, stage manager (gerente de palco, em português) da ESL, também vive essa sensação. Morando em Colônia desde 2000, Oli celebra a oportunidade de trabalhar na sua 5ª edição de IEM Cologne e fala o que faz do campeonato tão diferente.

"IEM Cologne é o meu torneio favorito do ano, Colônia é minha cidade. Estou aqui há mais de 20 anos, vivo aqui há muito tempo e é o meu campeonato preferido. Colônia não é especial só por ser a cidade onde estou desde 2000, mas também porque o público é incrível Sinto que eles podem competir com fãs brasileiros, mesmo que não tenhamos tantas baterias ou cantos o tempo inteiro, o que adoro no Brasil. Esse público é louco", declarou em entrevista à Dust2 Brasil.

"Infelizmente os brasileiros não conseguiram chegar nos playoffs, mas quando conseguirem vão quebrar a casa. A arena é ótima, o palco é enorme, como Katowice, que são nossos maiores eventos. Tem muita coisa acontecendo, muito conteúdo produzido, o que me faz estar ativo o tempo todo. Me dá muitas oportunidades para melhorar e isso faz o evento muito especial", continuou.

Com o lançamento iminente do CS2, a IEM Cologne de 2023 será a última a ser disputada no CS:GO. A mudança, no entanto, pouco incomoda Oli, que comemora a evolução gráfica do FPS.

"Estou muito ansioso para o CS2 porque eu me preocupo muito com os gráficos. E mesmo que eu goste muito do CSGO, eu sinto que a repaginação gráfica poderia ter sido feita há um tempo. Não haverá grandes mudanças nos eventos, seguiremos com ótimas fãs, talvez tenhamos jogadores ainda melhores".

Desde 2017 trabalhando na ESL, Oli criou uma relação próxima com dezenas de jogadores com o passar dos anos. Em alguns dos casos, Oli conta que se surpreende quando vê o jogador com o uniforme do novo time - como foi com Gabriel "FalleN" Toledo em Cologne.

"Aqui na IEM Cologne os times chegam, eu falo "oi, oi, você está com uma camiseta diferente agora, o que aconteceu aqui?". Por exemplo, eu vi o Kito com a OG… Teve o FalleN com a FURIA. A última vez que havíamos nos encontrado foi no Rio e foi bem triste dizer adeus, provavelmente por um tempo, e um ou dois torneios depois nos encontramos aqui", comentou Oli.

A facilidade para ter uma boa relação com os jogadores passa também pelo passado de Oli, que sempre viveu o ambiente gamer, além do respeito mútuo que tem pelos profissionais - tanto profissional quanto pessoal.

"Antes de ser stage manager para a ESL, eu já era um gamer desde que o primeiro PC foi construído, então eu respeito os gamers e respeito o esforço que todos os jogadores colocam nele. Sei o quanto de treino eles precisam para estar em um nível competitivo. E isso é um trabalho muito difícil, e por isso eu respeito eles e tento ter uma boa relação, dando o espaço que precisam".

"Porém também preciso entregar boas entrevistas. Então, se um jogador está triste, eu tento entender e trocar para outro jogador ou cancelar a entrevista. Do outro lado, eles me darão uma entrevista, ou passarão para um amigo, para que eu entregue minha parte. Basicamente, mostrar respeito, vê-los como atletas, me dá a base para essas relações", contou Oli.

Além de FalleN, outro brasileiro que tem carinho mútuo com Oli é Epitácio "TACO" de Melo. O stage manager conta como essa boa relação com a dupla foi criada nos últimos anos.

"Estive com FalleN e TACO em tantas arenas nos últimos anos, então há algumas conversas privadas entre nós, fomos a algumas afterparties, e eu acho que por causa disso, nós construímos essa relação.

"Tenho alguns times favoritos, especialmente os jogadores que eu estou trabalhando junto há muito tempo. Em 2018, eu estava gritando muito para eles, dizendo que poderiam chegar nos playoffs, e quando eles conseguiram foi algo que se lembraram. Tento sempre motivá-los e fazer com que acreditem que podem chegar lá", acrescentou.

Embora também se dê bem com jogadores de outros países, como os alemães, Oli tem um carinho especial pelos brasileiros. A humildade e respeito dos jogadores é o que conquista o stage manager.

"Independente do quão famosos eles são, os brasileiros sempre mostram respeito e são bons com a gente. Eles são o tipo de pessoa que eu admiro e amo".

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