Felippe1 no IEM Rio Major com a Imperial (Foto: Reprodução/Instagram)

felippe1 faz balanço da Imperial pós-FalleN e projeta futuro da organização

CEO citou dificuldades financeiras e valorizou os remanescentes do time

Criada e presente no competitivo de Counter-Strike desde 2018, a Imperial elevou seu patamar no cenário no último ano ao contratar o Last Dance. O projeto, que contava com nomes estrelados como Fernando "fer" Alvarenga, Gabriel "FalleN" Toledo e Lincoln "fnx" Lau fez com que a organização ganhasse todos os holofotes.

No entanto, após um ano e meio de vínculo, a Imperial se despediu do maior nome do CS brasileiro ao ver FalleN optar por seguir na FURIA. Em entrevista à Dust2 Brasil, o CEO Felippe "felippe1" Martins comentou a saída do veterano e o momento da organização.

"Quando as negociações em torno do FalleN começaram, no primeiro momento tentamos fazer o máximo que podíamos para ele ficar. Chegou em um momento que de fato já era o desejo dele (sair), então paramos de tentar fazer algo para que ele ficasse e começamos a trabalhar para atender o pedido dele. O que o FalleN fez pela Imperial, por mim, acreditar na gente, construir o que construímos na Imperial, tem um valor imensurável. Portanto partimos para um momento de atender o desejo dele, que foi concluído".

"Do nosso lado, enxergamos agora como uma nova fase, um novo momento. Feliz com todo legado que foi feito com o Last Dance, construímos uma história linda e que marcou nossa organização como uma das tops do Brasil e, de repente, até no mundo. Agora é isso, aproveitar o nosso projeto. Estamos felizes demais com as peças que conseguimos trazer não só para o lugar do FalleN, como também no lugar do chelo, que são HEN1 e felps. É um novo momento, uma nova história, e estamos fazendo tudo que podemos para continuar o legado feito com o Last Dance", adicionou.

Mesmo que o projeto da Imperial seja naturalmente afetado com a saída de um grande jogador, como é o caso de FalleN, felippe1 ainda não consegue mensurar os impactos dessa perda. Porém, o CEO revela que, em primeiro momento, os pensamentos não eram dos melhores.

"Ainda demanda um pouco de tempo para termos certeza do que tudo aconteceu. Claro que no primeiro momento quando você perde o FalleN, as coisas que pensamos não são das melhores. Porém estamos felizes como finalizamos tudo, os resultados no início também impactam muito nessa manutenção de torcedores".

"Toda essa manutenção e aquisição de novos fãs vai depender muito não só do que o time está fazendo dentro do servidor, mas também com o que estamos fazendo como organização fora do servidor. Ter mais eventos com fãs, trazer essa proximidade, e conseguir continuar ganhando mais espaço", continuou felippe1.

Essa intenção de trazer os fãs para perto da Imperial já está próxima de sair do papel. Com o time no Brasil enquanto aguarda o desenrolar do CS2, felippe1 revelou os planos que a organização têm para deixar os torcedores próximos ao time e aos jogadores, além de como a Imperial se planeja para os próximos meses.

"A gente está com novos parceiros que vão ser anunciados em breve, mais gente dentro da organização, coisa que não tínhamos antes. Era muito mais somente sob minha responsabilidade, agora teremos mais braços, mais gente trabalhando conosco, queremos trazer mais eventos presenciais como meet & greet, ações para trazerem os fãs para perto da gente".

"São coisas que não vemos hoje no Brasil. Os times são muito fora, não temos a oportunidade dos fãs estarem conosco em eventos no Brasil, que é tão comum. Queremos fazer esses eventos para trazer o público para mais perto da gente", declarou.

Trio unido

Enquanto a Imperial se despediu de FalleN e Marcelo "chelo" Cespedes, a organização lutou para continuar com o trio formado por Jhonatan "JOTA" Willian, Ricardo "boltz" Prass e Vinicius "VINI" Figueiredo. felippe1 comentou a importância de manter os jogadores, além do treinador Rafael "zakk" Fernandes.

"Foi muito importante manter o core. Falo isso não só por conta de resultados ou vagas, mas porque de fato tenho um grande carinho principalmente pelo VINI e pelo boltz, que estão com a gente desde o primeiro momento e por tudo que passaram com a gente. A maioria do pessoal vendo de fora acha que a Imperial é mil maravilhas, é tudo muito fácil, e não é".

"A gente teve diversas dificuldades durante o processo e o VINI e boltz estão com a gente desde o começo, comprando todas as brigas que tivemos nesse percurso. Valorizo demais eles, assim como o JOTA, que entrou um pouco depois e em nenhum momento nessa janela de transferências se propôs a tentar sair ou ver outra oportunidade, pelo contrário. E o zakk também que entrou um pouco depois, porém me ajudou o máximo que pôde para montarmos um time à altura", seguiu felippe1.

VINI com HEN1 na IEM Cologne

Questionado sobre a natureza dessas dificuldades que disse que a Imperial enfrentou durante o processo, felippe1 citou questões financeiras pelos altos custos do projeto e mudanças inesperadas no projeto.

"Quando montamos o Last Dance, era um projeto fechado que de fato foi muito custoso para a gente. Estava planejado para ficarmos com esse projeto por dois anos sem alteração nenhuma. Porém no meio do percurso houveram mudanças que foram caras, que impactaram diretamente na organização. Fora de todo o nível de estrutura que você tem que ter para conseguir aguentar um projeto daquele calibre. Então nós nunca pudemos abaixar a barra, sempre subindo".

"E isso tem um custo, tem um preço, e tiveram coisas que não andaram da forma como a gente esperava por conta de atender as necessidades e manutenção que o time precisa. Isso envolve mudança de jogadores, buyouts, estruturas e tudo mais e as coisas não são tão fáceis como imaginam. Então, essas alterações de projeto e coisas que precisamos fazer para manter a barra no nível que o time precisa, tem um preço", finalizou.

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