skullz comemora vaga e diz que paiN não será "só mais uma brasileira" no Major
Felipe "skullz" Medeiros não tem a carreira usual do prodígio brasileiro. Aos 20 anos, o jogador da paiN bateu e voltou entre os cenários nacionais e internacionais antes de se achar na equipe e conquistar o direito de disputar o primeiro Major de sua carreira.
"Todo jogador sonha em ter um sticker e para mim não é diferente. Tive conquistas grandes pela paiN, mas com certeza o Major nunca saiu do meu radar, sempre foi meu maior objetivo", disse o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.
"Bati na trave na última vez, na Suécia, e agora eu consegui esse 3-0, amanhã temos mais um jogo, se Deus quiser conseguiremos a vaga no Legends, mas estou muito feliz, não tem sentimento que eu possa descrever para vocês. Trabalhamos muito para conseguir essa conquista e tem sido um sentimento incrível", afirmou o jogador.
E a vaga veio em grande estilo, com a paiN não encontrando dificuldades para bater o Fluxo. skullz aproveitou para exaltar o trabalho de Henrique "rikz" Wakku, treinador do time, e Bruno "ellllll" Ono, dreitor da organização.
"Tenho que destacar o trabalho dos nossos treinadores, do rikz e do ellllll, eles se preparam e nos preparam muito bem para esse jogo. Mas, o placar elástico, veio da nossa confiança. Não esperávamos que seria tão elástico, mas não deixamos a bola cair em nenhum momento, ficamos muito confiantes durante a partida inteira e deu no que deu", contou.
Agora, skullz terá de lidar com a ansiedade até a disputa do mundial, que acontece entre 9 e 22 de maio. O jogador, porém, deixa uma coisa clara: a paiN não quer ser só mais um lá.
"A ansiedade vai bater a mil, mas uma coisa que posso avisar para todos que estão assistindo é que chegaremos para brigar pelo topo. Não estamos indo só para mostrar que somos mais um time brasileiro que chegou lá. Brigaremos pelo topo", finalizou.
Sangue no olho
A paiN não está satisfeita com a classificação. O time comemora, mas o próximo passo é vencer a FURIA, às 20h30 deste domingo, no duelo que decidirá o dono da vaga no Legends Stage.
"Temos que ter em mente que o campeonato não acabou, então, para comemorar, temos que dar uma seguradinha. Claro que vamos comemorar, mas de uma forma mais leve, porque temos de estar 100% para o jogo, nos preparamos e fazermos tudo que nós fazemos", afirmou.
O confronto também terá um outro lado: o de definir quem é o melhor time do Brasil. Enquanto a FURIA não vive sua maior fase, a paiN tenta atrapalhar o reinado da equipe como a principal força do país.
"Essa é a oportunidade que está faltando para gente. Ainda não enfrentamos a FURIA para termos essa declaração de quem é o melhor do Brasil. Só falta isso para gente, estamos com sangue no olho, precisamos ganhar da FURIA para conseguir esse posto e é isso que estamos procurando", disse.
Match perfeito
skullz está na ativa desde muito jovem e apareceu para o cenário com 16 anos, atuando pela W7M. De lá, teve um período curto na Luminosity, voltou aos Bulls e depois fez parte do projeto de seis jogadores da Team One.
"Na minha carreira eu cometi alguns erros, mas nunca deixei isso me abalar. Eu fui para lá muito inexperiente, foi um período difícil para mim", contou.
De lá, skullz foi para a Havan Liberty e posteriormente se juntou à UNO MILLE e ODDIK, onde voltou a conquistar títulos de relevância nacional. Do período, ele faz agradecimentos especiais a Alexandre "ALLE" Silva, seu ex-companheiro de time, e Sid "sidde" Macedo e João "turner" Tournier, seus ex-treinadores, além dos jogadores da ODDIK.
"Eles foram pessoas muito importantes na minha vida e na minha carreira (...) Foram eles que me ajudaram a ser o jogador que sou hoje, me mostraram tudo que sou capaz, e isso me ajudou a voltar a ter confiança", disse.
skullz também revelou uma curiosidade: se inspirava na trajetória da paiN e sempre teve o desejo de jogar no time.
"Eu usei eles como exemplo para seguir, porque ninguém sai do Brasil e vai para um time lá fora tão rápido. A paiN conquistou bastante coisa antes de ir para fora. E foi uma coincidência muito grande. Eles me procuraram. Eu tinha conversado com meu manager na época, porque estava recebendo algumas propostas, e eu não aceitaria se não fosse a paiN, o MIBR, esses times maiores. E aí depois a paiN veio me procurar", disse.
"Era um dos únicos times que eu realmente largaria a ODDIK para fazer parte, porque é um projeto muito bom, com pessoas muito boas, e isso faz total diferença na hora do jogo", finalizou.