goddess avalia jogos e Nigma Galaxy: "Não é um bicho de sete cabeças"
Assim como nos outros dois mundiais que disputou no ano passado, a lineup da B4 começa sua campanha nos torneios internacionais da mesma forma. As brasileiras estrearam com vitória na ESL Impact Katowice, porém caiu diante da Nigma Galaxy no jogo classificatório.
Em entrevista à Dust2 Brasil, Lara "goddess" Baceiredo avaliou o primeiro duelo que a B4 teve no primeiro dia de torneio. A capitã comentou o que faltou pro time ter um jogo mais tranquilo e conseguir vencer o jogo ainda no tempo normal, sem precisar levar para o OT.
"A gente imaginou que seria um jogo pegado (contra HSG), não chegamos a imaginar que iríamos amassar. O placar ficou um pouco elástico, acho que 14-8, mas fomos conversando, algumas jogadoras pediram plays individuais, depois também tentamos fazer um setupzinho, jogar coletivamente, com bang. Tentamos voltar a fazer o básico e funcionou. Apesar de ter sido um jogo difícil, saímos com a vitória e é isso que importa".
Na sequência, a B4 enfrentou a Nigma Galaxy pelo jogo classificatório, também md1. Desta vez, as brasileiras tiveram dificuldades novamente, no entanto não foram capazes de voltar no mapa para saírem contra a vitória diante do melhor time do cenário feminino.
"Óbvio que elas são muito boas, porém elas fazem o básico bem feito. Seguem o fundamento do CS, é tudo bonitinho, play combinada, bang para abrir. Quando saímos um pouco do fundamento, elas passam a punir muito. A Nigma pune muita brecha se deixarmos. Nossa comunicação bagunçou um pouco em alguns momentos porque, como elas jogam no fundamento, é muito vai e vem".
"É como se fosse um jogo de xadrez o jogo de CS que elas jogam e isso acaba atrapalhando um pouco, mesmo nós fazendo o básico. Às vezes elas adiantam o óbvio que vamos fazer, já esperam. Elas jogaram o básico muito bem jogado e nós cometemos erros de fundamento e comunicação", continuou.
Mesmo com a derrota, goddess tira pontos positivos do confronto com a Nigma. Para a jogadora de 27 anos, enfrentar o melhor time feminino pela primeira vez quebra as expectativas e uma possível ansiedade de encará-las.
"Eu senti que ia ser mais difícil e que algumas jogadoras lá iam ser muito mais impactantes do que realmente foram, porém isso não aconteceu. Isso quebrou um pouco as minhas expectativas e o meu entendimento do jogo delas. É um jogo difícil, mas se melhorarmos alguns pontos básicos, conseguimos vencer".
"Nosso time tem muita mira também, entendemos várias coisas do jogo igual a elas. Para um primeiro duelo foi bom, é importante enfrentarmos elas pela primeira vez para quebrar a expectativa, a ansiedade de alguém de jogar contra, para entender que na verdade não é um bicho de sete cabeças. Precisamos fazer o nosso bem feito", seguiu goddess.
Presente na ESL Impact League Finals S1 como Black Dragons e na ESL Impact League Finals S2 como B4, a equipe estreou com vitória mas caiu no jogo classificatório. Nas duas oportunidades, o time perdeu o jogo decisivo e foi eliminado na fase de grupos. Goddess avaliou o que falta para a B4 sair da fase de grupos com duas vitórias seguidas e também conseguir chegar aos playoffs, seja 2-0 ou 2-1.
"Falta alinharmos mais algumas coisas e não esquecer os fundamentos, manter a boa comunicação. Estou bem empolgada para esse campeonato, sinto que estamos dando nosso melhor, e mesmo tendo que jogar uma partida eliminatória sinto que vamos passar e vai ser muito legal porque ainda não disputamos um playoffs. Vai ser muito importante para a gente".
"O nosso time é muito bom em md3, adoramos jogar, é nosso campo de jogo. Na md1 tudo pode acontecer, da mesma forma que a Nigma ganhou a gente poderia ter surpreendido e ganho porque md1 é uma loucura. Acredito que md3 é vantagem para a gente. Nós vencemos a HSG no primeiro jogo, eu acredito que elas vençam a Saints, então a expectativa é enfrentá-las de novo, corrigir algumas coisas que rolaram na Vertigo porque pode voltar o mapa. Espero que vençamos e passamos para os playoffs", finalizou.