gafolo após título: "Estamos prontos para ficar no topo do Brasil"
Vice-campeã em três dos últimos campeonatos que disputou, Paquetá, enfim, subiu no degrau mais alto do pódio, neste domingo, ao vencer o CLUTCH Community 2022. Em entrevista à Dust2 Brasil, Victor "Gafolo" Andrade afirmou que o título veio em uma bora hora.
"Essa é a nossa quarta final como time. Tivemos três vice e essa é a primeira vez que ganhamos. Estava na hora já. A gente vem se dedicando bastante, trocamos bastante ideia sobre o que estava faltando nas finais de conversar mais nos rounds, nas situações e aqui tivemos um bom resultado. Jogamos bem", analisou.
Paquetá bateu na trave no qualify sul-americano para o ESL Challenger Rotterdam 2022, na divisão sul-americana do CCT e no MEG 2022 e, segundo o capitão, tais vices ajudaram a equipe a evoluir na questão de comunicação: "Trocamos muita ideia, principalmente na parte situacional de 3vs3, de 4vs4, além vermos o que podíamos fazer, falar, seja de CT ou TR. Falamos bastante sobre isso".
MEG foi a última LAN da equipe e lá, após o vice para ODDIK, Carlos "venomzera" Eduardo falou sobre Paquetá ter sofrido um apagão. Categórico, gafolo afirmou que para o CLUTCH a equipe veio mais preparada.
"Contra ODDIK também demos um apagão no primeiro mapa, deixamos os caras jogarem. Estávamos jogando no automático, não estávamos conseguindo impor o nosso jogo. Os caras estavam batendo muito na gente. Conversamos que tínhamos que nos comunicar mais durante os rounds, nas situações e é isso o que a gente vem fazendo", afirmou.
Postulante ao topo?
Pela boa sequência nos últimos meses, parte da comunidade e especialistas afirmam que a Paquetá se tornou uma forte postulante ao topo do cenário brasileiro. gafolo não só concorda, como confirma que a equipe entrou nessa briga: "Estamos prontos para ficar no topo do Brasil. Esse é o objetivo desse projeto".
Série com polêmica
A série começou na Overpass, com a Paquetá controlando quase que a partida por completo, salvo no início do segundo half, quando a ex-Daotsu emplacou uma boa sequência de pontos e mostrava que estava pronta para o comeback.
"Estávamos controlando bastante o jogo, mas quando tomamos round seja de explosão deles ou que dormimos um pouco, sempre damos um pause, uma respirada, uma conversada com o nosso coach. Ele sempre fala muita coisa boa. Ele gosta bastante de pausar nessas horas e acalmar a gente, falar o que precisamos fazer independente da situação", afirmou.
O segundo mapa, Nuke, teria roteiro parecido se não fosse a boa reação da ex-Daotsu, que conseguiu forçar a prorrogação após estar perdendo por 15-9. Segundo gafolo, nesse momento da partida, "começamos a jogar um pouco mais afobado, não no automático, mas não estavam acontecendo as trades. Estávamos querendo ir demais nos lugares, não jogando junto, basicamente".
Na prorrogação, ao invés do bom jogo proporcionado pelos finalistas, o destaque foi o polêmico último round do mapa. Quando o placar estava 18-17 para a Paquetá, o round começou com o servidor não setado para a partida. Ele foi vencido pela ex-Daotsu, mas, depois, por decisão dos organizadores foi refeito e o time liderado por gafolo venceu, fechando a partida em 19-17.
Segundo gafolo, "o round começou no 18-17 e o alle tomou a first kill, mas, ao invés de morrer, voltou para a base, vivo. Não entendemos nada e ele falou "estou vivo, guys". Vimos um boneco do outro time passando para o cat e o round quebrou e, depois que vimos que o round estava sendo jogado, a gente só desesperou e tentamos jogar o round. A situação foi essa".
O capitão concordou que a polêmica diminui um pouco do brilho do título da Paquetá, "mas, independente se fosse para o lado deles ou nosso, seria injusto para ambos. Beleza, a ex-Daotsu pegou a vantagem e ficou 5vs4,mas poderíamos ganhar do mesmo jeito. Não foi um erro nosso, nem deles, foi do servidor. É a organização do campeonato que tem que decidir e foi para o nosso lado, a gente ganhou e foi isso".
