Lucaozy projeta duelo contra NAVI: "Tivemos resultados bons em treinos"
Campeão da divisão norte-americana da BLAST Premier Fall Showdown 2022, o Fluxo ganhou o direito de disputar as finais da temporada de outono. A estreia da equipe brasileira será contra Natus Vincere (NAVI) e, em entrevista para a Dust2 Brasil, Lucas "Lucaozy" Neves mostrou otimismo sobre enfrentar o time ucraniano.
Assistindo os playoffs do IEM Rio Major 2022 diretamente da Jeunesse Arena, Lucaozy acompanhou de perto a histórica vitória da FURIA contra NAVI. E, para o jogador do Fluxo, o duelo contra os ucranianos na BLAST "vai ser um confronto muito legal. Vai ser muito daora jogar contra os caras. Ontem eu vi o jogo (contra FURIA) e nós treinamos contra eles também. Tivemos bons resultados contra NAVI em treinos".
"Temos que acreditar, sempre, no nosso time. Eu confio para caralho em nós. Acho que vai dar bom, mas, se der ruim, ainda tem outros jogos. CS é isso. Vamos ganhar, perder, ganhar experiência e chegar no próximo (campeonato)".
A BLAST Premier Fall Finals será a terceira competição internacional do Fluxo e, na opinião de Lucaozy, dá para a equipe beliscar uma vaga nos playoffs: "Pensando aqui, talvez foi mais difícil lá (no ESL Challenger Rotterdam), onde pegamos Outsiders e eles jogaram a final do Major".
Analisando a chave do Fluxo, Lucaozy classificou NAVI como "o time favorito do grupo", enquanto os outros três integrantes têm capacidade de passar de fase. Além disso, o jogador afirmou que "é bem possível ganharmos de G2 e da Liquid, qualquer um dos dois".
Quanto a preparação para as finais da BLAST, Lucaozy revelou que a equipe não fará um bootcamp pré-campeonato, mas que conseguiu treinar contra os times estrangeiros que estiveram no Brasil por conta do Major.
"O WOOD7 e o lux vão jogar aquele campeonato de 2vs2 na Dinamarca, então não vamos conseguir fazer um bootcamp por causa disso. Eles vão viajar dia 16 para jogar o campeonato e nós vamos no dia 20. Nosso jogo contra NAVI é dia 23, então, infelizmente, não vai dar tempo para treinarmos lá, mas aproveitamos, sim, os times que estavam aqui. Treinamos duas semanas contra e foi a mesma coisa de estarmos na Europa", afirmou.
Fluxo frente ao mundo
Antes da BLAST Premier Fall Finals, Fluxo disputou o ESL Challenger Rotterdam 2022 e a divisão norte-americana da BLAST. Em ambos, o time teve a oportunidade de enfrentar equipes que estiveram no Major do Rio. Para Lucaozy, os resultados obtidos pela equipe foram bons.
"Sinto que os dois jogos contra Outsiders, a Dust2 poderíamos ter fechado as duas. Talvez um pouco por nervosismo da arena não tenhamos conseguido. Foi, sim, uma boa campanha. A Inferno contra eles foi difícil. Já sabíamos que jogavam muito bem a Inferno e a BLAST sabíamos que íamos para ganhar. Depois do jogo contra Outsiders, ganhamos uma confiança para a BLAST. Fomos e deu tudo certo", avaliou.
No caminho certo
Formado em agosto, o Fluxo teve uma decepção logo de cara ao não conseguir chegar no RMR para o Major do Rio. Segundo Lucaozy, a preparação para o mundial foi prejudicada pela demora na negociação entre Sharks e a atual organização.
"Teve muita dificuldade a transferência da Sharks para o Fluxo e isso fez com que ficássemos duas, três semanas até conseguirmos começar a treinar. E quando começamos, treinamos uma semana, talvez, e daí já tinha o primeiro open. Entre os open treinamos, mas éramos muito crus como time. Depois que passou as seletivas, conseguimos treinar mais e o time foi se complementando melhor também com o tempo".
O jogador revelou que, após a não classificação, os jogadores tiveram uma conversa que foi o estopim para a boa fase da equipe. "Falamos: 'Montamos esse time para ganharmos as coisas, se desabarmos agora, acabou'. No outro dia, todo mundo virou a página. Na real, (durante a disputa por uma vaga no RMR), estávamos em outro campeonato, o CCT, e fomos campeões dois dias depois do último open e fomos nos erguendo", afirmou.
Contudo, de acordo com Lucaozy, a não classificação para o IEM Rio Major colocou sobre o Fluxo uma obrigação da equipe conquistar uma vaga internacional. Por conta disso, o jogador classificou a vaga obtida nas finais da BLAST como uma salvação para a temporada do time.
"Tinha sim porque só tínhamos mais dois eventos até o fim do ano, no caso depois do RMR, que poderíamos ter pego vagas. E queríamos pegar uma das duas vagas para o ano não ser à toa. Se não, teríamos jogado o nosso ano no lixo. Ainda bem que conseguimos pegar (a vaga da BLAST). A de Barcelona não deu porque foi mesmo tempo do ESL Challenger, mas conseguimos e era isso que queríamos depois do RMR", afirmou.
No Brasil, o Fluxo vem em uma sequência de cinco títulos, o que, para muitos, coloca o time como o melhor entre aqueles que competem no país. Perguntado se concorda com a opinião do público, Lucaozy mostrou pés no chão ao responder que "o melhor time do Brasil, se colocar todos, é a FURIA. Estamos brigando pelo top 2. Não vejo algum time estabelecido no top 2. Pode ser MIBR, 00Nation, Imperial, nós, mas todos esses times estão mais ou menos no mesmo patamar".