Torcida Imperial: o coração pulsante do IEM Rio Major
Nos quatro primeiros dias de IEM Rio Major 2022, a arquibancada do pavilhão 6 do Riocentro pulsou tanto que a atmosfera lembrava ao do Maracanã quando lotado. E uma das responsáveis pela festa no primeiro mundial de CS:GO a ser realizado no Brasil tem nome e sobrenome: Torcida Organizada da Imperial.
A torcida foi criada neste ano, sendo um projeto encabeçado por quatro pessoas: Alan Souza, de 17 anos, Patrick Godinho e Orion, manager do ex-treinador Alessandro "Apoka" Marcucci, que também vem ajudando no projeto desde o início. Durante o Challengers Stage, a organizada está mantendo até 12 pessoas por dia, número este que aumentará nas demais fases, como o Champions Stage.
Um dos puxadores e repiqueiro da organizada, Matheus Barros, afirmou à Dust2 Brasil que a torcida surgiu "com a ideia de unir a galera, mostrar para o mundo a importância do brasileiro no esport mundial e, mais do que isso, mostrar que a galera do esport é diferenciada. A maior mensagem da nossa organizada é diferenciar a questão de que não tem violência. É no amor, é na brincadeira. Essa é a mensagem que a galera da organizada quer transmitir não só para o Brasil, mas também para o mundo".
Segundo João Victor Nunes, um dos responsáveis pela bateria, a organizada da Imperial reúne pessoas "do mundo todo". O próprio integrante viajou do Distrito Federal para o Rio de Janeiro por conta do Major: "O amor ao esport me fez vir, assim como os demais". Outro que faz parte da organizada e fez um grande deslocamento foi o português Sérgio "Tuga da Tribo".
João explicou que não há uma hierarquia na organizada e que "cada um tem seu papel e sua importância. Estamos para fazermos bonito juntos e levar a galera do Brasil a entender igual aquela música 'uma coisa eu te falo, isso você nunca viu, isso não é Europa, isso é Brasil'. A gente quer agregar todo mundo, todos os times para que possamos torcer junto para mostrar que o CS muda a nossa vida".
Sobre os instrumentos, Matheus afirmou que alguns são dos próprios integrantes da organizada, enquanto outros são alugados. O puxador disse ainda que uma das patrocinadoras da Imperial, Sportsbet.io, ajudou patrocinando alguns instrumentos.
Diferente do que é visto até em eventos de esportes tradicionais, a organizada da Imperial não teve problema para ingressar no Riocentro com os instrumentos. João revelou que uma integrante da equipe dos organizadores liberou a entrada: "Todo mundo aqui e na transmissão está vendo o show que estamos dando. É outro mundo com a bateria. Talvez, se tivessem vetado, não seria tão bonito como estamos vendo hoje".
Grande parte das músicas que a organizada entoa na arquibancada é baseada em cânticos do futebol. E a torcida optou por seguir este caminho porque, segundo Matheus, "fica mais fácil de nós assimilarmos esses cantos com os da torcida de futebol, mas com respeito e sem nenhum tipo de agressão". O puxador ainda prometeu letras novas para as próximas fases do mundial.
