cAmyy é uma das líderes da Black Dragon (Talita Morena/Dust2 Brasil)

cAmyy vê Brasil em "melhor momento da história" e BD como 4ª força do país

Jogadora ainda falou sobre o que motivou a voltar a competir profissionalmente

A 5ª edição da Gamers Club Masters feminina não está sendo especial somente pelo fato de ser a primeira presencial. Nela, algumas das participantes estão reencontrando o gosto da LAN após período de pausa no competitivo. Uma dessas jogadoras é Camila "cAmyy" Natale, que, em entrevista à Dust2 Brasil, falou sobre o retorno, a oportunidade de vestir a camisa da Black Dragons e opinou sobre o atual momento do cenário brasileiro.

Para a veterana, em relação a participação do Brasil nos internacionais que já aconteceram nesta temporada, "a gente está vendo um nível muito equilibrado. É muito importante para o nosso cenário o que estamos vivendo. O nosso nível não está mais abaixo do que América do Norte e Europa. Esse é um dos melhores momentos do CS brasileiro".

Atualmente, a melhor equipe em solo brasileiro é a FURIA, que venceu boa parte dos campeonatos que disputou desde que a organização passou a investir no cenário feminino. Por conta disso, fala-se muito sobre uma "era" das Panteras. Domínio de cenário é algo que cAmyy conhece bastante com Vivo Keyd, OpTiC e outros times. Contudo, a jogadora evitou fazer comparações afirmando que "são épocas diferentes".

"Na época do nosso time, não tínhamos a estrutura que as meninas da FURIA têm. São estruturas completamente diferentes. Na época, a gente ganhava muito pouco, se ganhava. Por muito tempo, levamos (competir) como um hobby e eu acho que muito disso dava conflito dentro do time. Foi um dos motivos que acabou não durando porque a gente não conseguiu ter uma estrutura só para focar. A gente acabava tendo que solucionar outros problemas. Eu não sei te dizer se passou ou não. São épocas diferentes, mas são jogadoras ótimas, experientes. É um conjunto que deu muito certo e não é à toa que estão no topo do cenário nacional, hoje. Acho que cada uma, na sua época, acabou representando muito bem (o Brasil)", opinou.

"E eu ainda acredito que vá ter um (torneio internacional) aqui no Brasil. O maior cenário feminino é no Brasil".

Elenco da Black Dragons (Divulgação/Black Dragons)

Quarta força do país

cAmyy voltou a competir profissionalmente neste ano e, atualmente, veste a camisa da Black Dragons, uma das equipes apontadas como a quarta força do cenário nacional. É uma opinião que a veterana concorda: "Nós nos vemos assim até porque, pelos resultados de jogos e campeonatos passados, têm vários campeonatos que jogamos contra W7M. Alguns a gente ganhou, outros não, mas acho que, estatisticamente, estamos à frente em vitórias".

A estreia de cAmyy e Black Dragons na Masters feminina, inclusive, será contra a W7M, outra equipe de destaque do cenário. A veterana classificou as adversárias desta sexta-feira como um time difícil de se enfrentar. "Elas também querem mostrar um bom jogo, mas acredito que vamos estar mais preparadas até com relação a pressão de um presencial", apontou.

"Somos times que já jogamos contra em outros campeonatos. A gente joga muito uma contra a outra e os resultados são bem equilibrados. Acho que essa parte pode pesar um pouco, essa parte de presencial. Não é fácil para quem não tem experiência. No nosso time temos duas jogadoras bem novinhas, mas um core que tem muito tempo de jogo. A gente consegue passar muita segurança para as meninas. Então, eu acredito que o meu time está mais preparado".

Retorno ao competitivo

Nos últimos anos cAmyy se fez presente no competitivo, mas não atuando. Nas temporadas passadas, a veterana foi comentarista de vários campeonatos nacionais, masculinos e femininos. Apesar da pausa, a jogadora garantiu que nunca parou. "Nunca aposentei", afirmou.

"Acabei ali, parando do competitivo, mas pensando na parte financeira. Não estava valendo a pena ser jogadora porque, para ser jogadora, precisa de muito tempo para focar e eu precisava fazer outras coisas ali, naquele momento, e também não senti a oportunidade de estar em um time que eu confiava. Aí, eu fui deixando passar, foram uns dois anos. Por um momento a gente achou que o CS ia dar uma morrida, fui levando a minha vida sem jogar competitivamente, e agora estão vindo os campeonatos. Eu decidi voltar. Tiveram as meninas que me chamaram, meninas que eu conheço há muito tempo. Então, eu senti a confiança de voltar e focar", explicou.

Sobre ser comentarista dos campeonatos, cAmyy afirmou que isso a ajudou enquanto não competia "porque eu não estava no competitivo, mas eu estava presente de alguma forma. Eu vi times se formando, times saindo. Então, eu estava sempre por dentro. Por mais que eu não estivesse dentro do cenário competitivo, eu estava sempre ali de olho e junto. Todas as Masters eu estive, mas não joguei. Essa vai ser a primeira. A gente consegue ver tudo isso, se formar um novo cenário".

A veterana revelou ainda que cogitou migrar para o VALORANT na época "em que a gente achou que o CS ia cair. Gostei do VALORANT. Estamos falando do VALORANT, não tem como fugir disso. É um jogo bacana, mas não tem a mesma essência do CS. Tanto que jogadoras voltaram e eu não duvido que, daqui um tempo, voltem outras. O CS é um jogo muito antigo, então não acho que um FPS de dois anos vai acabar com a história dele".

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#1(Com 0 respostas)
5 de agosto de 2022 às 19:17
mDz
cAmyy joga muito, PRA CIMA!
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