cadiaN "reza" por major no Rio: "Estou pronto para levar meu protetor solar"

Casper "cadiaN" Møller foi um verdadeiro showman no segundo dia de playoffs do PGL Major Antwerp. Mesmo que a maioria esmagadora dos torcedores estivesse o vaiando e apoiando a NAVI, adversária da Heroic nas quartas, o jogador interagiu e se alimentou do barulho da multidão.

"Ficamos um pouco surpresos (com as vaias), não tínhamos experimentado isso antes. Na Royal Arena (finais da BLAST), as pessoas torceram mais para a Astralis, mas nada como vaias. Pegamos um pouco do papel de vilão, como o apEX faz", contou cadiaN em entrevista à Dust2 Brasil.

"E está ótimo, isso também te dá energia, você faz eles ficarem em silêncio no clutch e essas coisas. Não é algo que atingiu a nossa performance, foi uma ótima atmosfera, é legal que a torcida esteja fazendo barulho e essas coisas", completou.

Uma barulhenta minoria, porém, estava a favor da Heroic: a brasileira. Por conta das interações com Alexandre "Gaules" Borba, André "Liminha" Kenzo e Filipe "bt0" Moreno, o time dinamarquês conquistou o coração brasileiro - era possível até ver um cartaz que dizia que a Heroic era o Brasil no campeonato.

"Eu agradeço muito aos que torceram para gente, é difícil de identificar na arena quantos estão a favor e quantos estão contra. E também não estou de óculos, então não consigo ver muito longe, só vejo o monitor na minha frente. Não vi muito os cartazes, mas ouvi muitas pessoas gritando cadiaN durante os mapas, fazendo corações", disse.

O jogador aproveitou para reforçar o laço com o Brasil e disse estar rezando para que o próximo mundial aconteça no país - apesar de nada ter sido oficializado, a ESL trabalha com a possibilidade de sediar o evento no Rio de Janeiro entre outubro e novembro deste ano.

"Eu tenho uma conexão especial com a comunidade brasileira, e sou muito grato por todo o suporte deles. Estou rezando pelo major no Rio, porque a não ser que joguemos contra um time brasileiro, nós não seremos vaiados", afirmou o capitão da Heroic.

"Você viu as cenas de alguns torneios passados, sei que já fazem uns anos, mas a energia é incomparável. Acho que será definitivamente merecido e valerá a pena (fazer o major no Rio) por conta do público que vai comparecer", completou.

cadiaN também destacou que, num possível mundial do Brasil, os locais devem ter uma série de times para torcer, o que fará a atmosfera diferente da atual, já que não há nenhum time belga jogando na Antuérpia.

"Uma das melhores coisas desse evento foi a melhor dos outros times sul-americanos. Não vimos só a FURIA ir bem, vimos a Imperial e o MIBR. As pessoas esquecem disso, mas o MIBR ficou a um jogo de distância da próxima fase", afirmou.

"Temos alguns torcedores brasileiros, mas a parte mais importante é que eles têm times de casa para que possam torcer. Não estou tentando provocar (risos), mas aqui na Bélgica eles não tem nenhum time de CS bom, temos um público neutro a maior parte do tempo", disse.

Para finalizar, cadiaN disse que já está preparando a bagagem para vir ao Brasil.

"Espero que (o major) seja no Rio, estou pronto para levar meu protetor solar".