
Novo coach, jnt fala em mudança de cultura no MIBR
A contratação de Jhonatan "jnt" Silva para ser o novo coach do MIBR marca uma virada na forma como a equipe se portará no servidor. De olho no tier-S, o novo treinador aposta em uma transformação cultural para reorganizar o time por dentro, fortalecer talentos como Felipe "insani" Yuji e Raphael "exit" Lacerda, além de dar uma nova cara à line.
Em entrevista à "Dust2 Brasil", jnt comentou a responsabilidade de assumir o MIBR após uma importante troca de comando, a de Renato "nak" Nakano e o retorno de Bruno "bit" Lima e destacou que seu estilo é "100% diferente" do antigo treinador. Para o novo coach, era necessário que o time passasse por mudanças.
“Três anos você consegue montar uma estrutura que vai virando uma cultura, uma forma de se trabalhar. Com essa mudança, eu acho que altera tudo: muda drasticamente a cara do time, muda drasticamente o contato que o MIBR tem com o time, muda drasticamente um pouco a cultura que já vinha dentro do time”, afirmou.
Assumir o comando do MIBR, para jnt, não envolverá somente o constante desafio de bons resultados, mas também o de liderar nomes dos quais é próximo. O novo treinador garantiu que "o poder da amizade" não foi determinante para aceitar o desafio.
"Diferente do que muita gente pensa, é mais difícil eu entrar como coach num lugar onde já tenho intimidade. Fica mais complicado impor respeito com pessoas que já me conhecem há muitos anos, do lado pessoal", afirmou.
A experiência como jogador foi determinante para jnt entender que um coach também precisa abordar o comportamento e o cotidiano dos players. Por isso, se define como um treinador "60% comportamental e 40% tático", destacando a importância de ajudar os players out game para maximizar a performance de todos no servidor. Essas características, segundo o veterano, foram determinantes para que assumisse a line.
Ao avaliar a fase anterior da equipe, jnt fez um diagnóstico direto sobre a estrutura do time: "O MIBR tentava ser um time muito tático, e um time tático tem esses altos e baixos, só que não consegue se manter lá em cima. É um time que joga 100% com tática, coisa combinada."
"E o que eu senti deles, de verdade, foi a falta de conseguir jogar um CS conversado, conseguir se comunicar bem. Eu acho que a principal coisa que eu bati na troca até agora foi a comunicação. E eu acho que é o mais importante dentro de um time de CS", completou.
Leia abaixo outros importantes tópicos da entrevista:
Expectativa para os primeiros compromissos pela equipe
"Espero que sejamos tão competitivos quanto uma Eternal Fire ou uma The Mongolz. Se formos, sei que estamos no caminho certo. Primeiro, quero ser o melhor do Brasil. Depois, não perder pra quem não pode. Podemos sofrer derrotas para um time tier-S, mas não pra quem está abaixo."
Importância dos próximos torneios para o 2º semestre
"Esses campeonatos vão ser importantes pro nosso segundo semestre. Se tivermos um bom desempenho, vamos ter mais torneios e desafios. Mas o foco principal é o Major de Austin. A ideia é chegar lá com o individual afiado e o time bem treinado."
Importância do tempo de treino antes dos campeonatos
"Eu sou defensor de campeonato atrás de campeonato, mas acho que esse tempo casou bem com as mudanças. Na EPL, tivemos só cinco dias de treino. Agora teremos 20 dias. É essencial pra estruturar o time e trabalhar os pontos mais importantes."
Blindagem emocional contra críticas
"Eu joguei na Sharks. O que mais tinha era gente xingando. Todo atleta de alta performance tem que se blindar de comentários nas redes sociais. A gente pediu tanto que o CS fosse como o futebol, e agora que tá virando, estamos reclamando?"
"No final, é tudo sobre resultado. Se em seis meses eu não entregar nada e for mandado embora, a torcida vai estar certa. Se a gente mandar bem, só fiz o que tinha que fazer."
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