skullz, da FURIA, durante a IEM Rio

skullz sobre eliminação na IEM Rio: "De três jogos, falhamos em um só"

Jogador analisou derrota para MOUZ e viu saldo positivo em participação no campeonato

A frustração da Farmasi Arena foi grande, mas Felipe "skullz" Medeiros sai da competição de cabeça erguida. Depois da derrota para a MOUZ na semifinal, o jogador ressaltou o bom desempenho nas demais partidas e afirmou que o time precisa buscar estabilidade.

"Todos queriam chegar na final e levantar esse troféu, mas o mais importante sempre é mostrar o nosso jogo e hoje falhamos", disse skullz em entrevista à Dust2 Brasil.

"De três jogos que tivemos nesse campeonato, falhamos em um só. Acho que o saldo acaba sendo positivo no final das contas", completou o jogador.

skullz disse que sai da competição se sentindo muito bem e grato por ter jogado, pela primeira vez, no palco da IEM Rio.

"É uma experiência única, que eu sempre sonhei em ter e hoje eu cheguei aqui, então estou muito feliz. Não foi da maneira que queríamos, queríamos o troféu, mas no final das contas o saldo é positivo, temos muitas coisas para melhorar", disse.

"Também temos que entender as coisas boas que fizemos o campeonato inteiro. Batemos três times tier S de maneira tranquila, e agora é só manter a mentalidade e encontrar essa constância, porque é só isso que faz um time chegar no top 5, e é ali que acho que merecemos estar", continuou.

A expectativa e a torcida, inclusive, não atrapalharam a FURIA, garantiu o jogador.

"De jeito nenhum. Usamos essas folgas que tivemos para treinar, nos preparar, treinamos bastante e foi muito produtivo. Acho que não teve essa expectativa nossa em nenhum momento, especialmente porque a Marta (psicóloga) está ali junto conosco, alinhando essa expectativa", falou.

Adaptação e comunicação

skullz afirmou que o time precisará digerir e estudar a derrota para entender porque não conseguiu repetir as boas atuações e foi atropelado pelos europeus. Alguns pontos, porém, já foram identificados.

"Acredito que o fato da MOUZ ter essa revanche (faz com) que eles cheguem mais preparados. Quando tivemos uma revanche contra a Liquid em um outro campeonato, acabamos sofrendo, principalmente na Nuke, porque não soubemos nos adaptar muito rapidamente. Isso se repetiu aqui nesta Nuke", avaliou.

O mapa, que foi escolha da FURIA, teve a equipe sofrendo muito do lado TR - de onde saiu perdendo por 2-10. skullz acredita que os brasileiros foram lidos pelos europeus.

"Estávamos alinhados desde o começo do jogo, só que acabou não funcionando. Eles nos leram bem desde o começo, fizeram um estudo que acabou dando um shut down desde o forçado, dos rounds que o torszi estava de AWP fora. Ele acabou pegando bastante kill ali e atrapalhou bastante o nosso mid round", explicou.

Na Mirage, a FURIA começou na vantagem em 10 dos 12 rounds do lado CT, mas mesmo assim acabou perdendo por 3-9. Segundo skullz, a comunicação falhou.

"Ali entra um pouco da comunicação, de estarmos cada um mais focado no seu e não no coletivo, e aí acaba que não alinhamos as ideias, porque nesses rounds em que temos a vantagem nós temos que, obrigatoriamente, ganhar", disse.

"Rolaram alguns abalos depois que não conseguimos converter os forçados. Acabamos perdendo os dois nos dois mapas e começamos bem atrás. Isso acaba abalando a comunicação, especialmente quando tem arena, que a comunicação tende a baixar um pouco, sendo que o correto é errar por mais. A comunicação não estava tão afiada quanto nos jogos do estúdio, mas isso também é algo que vamos melhorar", completou.

Coisa nova

Agora, skullz e a FURIA tem um mês até o RMR do Perfect World Shanghai Major para concluir o último grande objetivo da temporada. O jogador disse que o time usará o período para melhorar o map pool.

"Temos alguns mapas que ainda estão falhos na maneira que pensamos como time. Vamos trabalhar esses mapas no bootcamp que teremos", afirmou.

"Temos que analisar novamente os pontos positivos que tivemos nesse campeonato, entender porque deu tão certo, porque tivemos tanto sucesso fazendo o que estávamos fazendo e dar uma filtrada em o que nós vamos continuar usando, o que vamos trazer de novo. No jogo tier S você sempre tem que estar trazendo coisa nova, porque se você só manter o que faz, você fica para trás", continuou.

"O pessoal estuda, joga contra, faz um plano de jogo contra, é só mantermos essa pegada que estamos tendo no bootcamp, trazer coisas novas, usar bastante o innersh1ne e o Lucid, seguir trabalhando com a Marta que está fazendo um trabalho muito e acho que é só mantermos o trabalho que chegamos forte", finalizou.

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