GEF se diz "orgulhosa" com mais eventos no Brasil após "sucesso" no GET Rio

Dona da marca Global Esports Tour (GET), a Global Esports Federation (GEF) falou pela primeira vez sobre a edição do Rio de Janeiro realizada no último mês. Em contato com a Dust2 Brasil, a federação internacional disse se sentir orgulhosa por conta do sucesso do evento, marcado por diversos problemas.

A reportagem vinha tentando entrevistar membros da GEF desde a realização do evento. O contato inicial foi com Kevin Nutley, chefe de comunicação da federação, por WhatsApp. Mas só quando o chefe de operações Mario Cilenti foi contactado, também por WhatsApp, que Nutley respondeu os pedidos de entrevista.

À GEF foram enviadas dez perguntas ao todo (veja na íntegra no fim da matéria), desde a avaliação da federação sobre o GET Rio ao motivo da nomeação do ex-presidente da Confederação Brasileira de Games e Esports (CBGE) Paulo Ribas na entidade. Contudo, a Global Esports Federation respondeu os questionamentos de forma genérica.

"Estamos orgulhosos de ver nosso portfólio de eventos continuar a se desenvolver no Brasil após o sucesso do Global Esports Tour no Rio de Janeiro. Esperamos apoiar a apaixonada comunidade de esports do Brasil e colaborar em muitos outros desenvolvimentos nos próximos anos", disse em nota enviada pelo chefe de comunicação.

A CBGE recebeu aporte financeiro do Governo do Estado do Rio de Janeiro para a realização de R$ 4,5 milhões via termo de fomento por parte da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (SUDERJ). Deste montante, US$ 500 mil (R$ 2.527.698,70) foram destinados à GEF como pagamento para o uso da licença do Global Esports Tour por cinco anos, segundo o secretário de Esporte e Lazer Rafael Picciani.

Perguntas enviadas pela Dust2 Brasil à GEF

O GET Rio foi marcado por problemas em todos os dias do evento. A GEF ficou ciente da situação?

Quem a GEF responsabiliza pelo fato do GET Rio não ter atendido às expectativas da comunidade

Haverá consequências para o responsáveis?

Uma das polêmicas após o GET Rio foi a promoção de Paulo Ribas na GEF. Por que a GEF decidiu por essa promoção? Quais são as responsabilidades de Ribas na GEF?

Várias despesas durante o evento tivera que ser pagas por terceiros que trabalharam no evento e não pela CBGE. A GEF ajudou no pagamento dessas despesas?

A GEF recebeu o pagamento pelo licenciamento da marca GET e a explicação dada pela CBGE ao governo do Rio de Janeiro foi que a GEF iria contribuir no evento com expertise e conhecimento na organização de eventos. Que expertise e conhecimento a GEF demonstrou no GET Rio?

Para o Estado do Rio de Janeiro, a CBGE afirmou que realizaria torneios de outras modalidades além do CS. A GEF estava ciente?

Para o Estado do Rio de Janeiro, a CBGE solicitou o adiamento do GET Rio quatro vezes, mudando de julho de 2023 para abril de 2024. A GEF estava ciente desses adiamentos?

Para o Estado do Rio de Janeiro, a CBGE afirmou que o pagamento do licença do GET era para a realização de eventos ao longo de cinco anos. Esses novos eventos vão ocorrer?