Rodrigo Terron, sócio da LOS, na Brasil Game Show (Foto: Divulgação)

LOS planeja retorno ao CS até início de 2024

Terron, sócio da organização, comentou sobre pausa no investimento e revelou próximos passos

Desde a eliminação precoce no RMR americano do BLAST.tv Paris Major, a LOS desapareceu do cenário de Counter-Strike. Sem jogar desde 7 de abril, a equipe conta só com um jogador no elenco, mas promete voltar à ativa em breve e, até o fim do ano, já pode ter uma nova escalação.

"Estamos loucos para voltar para o CS, demos um tempo para ver as mudanças que o CS2 está trazendo, mas não paramos de olhar a modalidade, de conversar, entender as oportunidades", disse Rodrigo Terron, sócio da LOS, em entrevista à Dust2 Brasil durante a Brasil Game Show.

Terron explica que o time decidiu dar uma pausa no investimento na modalidade para entender como seria o lançamento do Counter-Strike 2.

"Ficamos esperando muito para entender o lançamento, ninguém sabia quando e como iria lançar. Agora estão começando os primeiros campeonatos, nosso olhar é de, no momento que tivermos um time, visar o Major", contou.

"Nosso objetivo ano que vem é estar em um Major, não sabemos quantos terão, se tudo que está previsto de calendário vai se cumprir, mas nossa expectativa é que agora que o CS2 foi lançado, parece que a estratégia de conteúdo está voltando, é de fato entrar no jogo e fazer parte da comunidade", completou.

E quando esse plano começará a ser colocado em prática? De acordo com Terron, se tudo sair como planejado, a formação do elenco começa até o final da temporada.

"Se tudo correr bem, voltamos com uma proposta de time ainda esse ano. Queremos acompanhar o calendário do RMR, que parece que tem data, mas às vezes ainda fica um pouco incerto. No pior cenário, no começo do ano estaremos na modalidade", cravou.

"CS é estratégico para a gente, o custo de ficar fora dela é muito alto, não pelo valor, mas por ser a modalidade exemplo de quando falamos de calendário, de competitividade, de expressão. CS é um lugar onde a LOS quer de fato estar, participar e gerar resultados", disse.

Nova cara

A LOS entrou no Counter-Strike em 2021 e esteve presente nos principais campeonatos regionais. Em outubro de 2022, a organização ganhou ainda mais relevância na modalidade ao se unir com a Team One e disputar o RMR do IEM Rio Major e, posteriormente, o do BLAST.tv Paris Major.

"Quando entramos no CS fizemos um barulho muito legal, chamamos atenção do Gau, da Tribo, participamos de vários campeonatos no Brasil. Quando anunciamos (a fusão da) Team One e LOS, participamos de dois RMRs, embora o resultado não tenha sido o que gostaríamos, mas levamos torcida, fizemos aquele barulho", disse Terron.

Jogadores da LOS durante o RMR do IEM Rio Major

A ideia agora, porém, é estender a renovação que tomou conta da organização nos últimos meses também para o time de CS.

"Agora nos preparamos para uma nova página, nova equipe, nova staff obviamente, e esperamos ser um time que agregue para o cenário. Mais importante para a gente do que só ir lá e ganhar títulos, é como organização agregar para a modalidade. Todas as modalidades que participamos nós queremos de alguma forma gerar valor para elas, colocá-las em evidência, levar a torcida para acompanhar, curtir, esse é um pouco do nosso objetivo", explicou.

E o trk?

O desejo de dar uma nova cara ao time pode passar também pela não utilização de Alencar "trk" Rossato, o único remanescente da antiga escalação. Terron não garante, mas também não descarta, a permanência do jogador.

"Hoje ele é um talento que está dentro do nosso casting, não necessariamente com vaga nesse projeto. Ele passou por um momento agora de fazer uma bateria de exames, cuidar da saúde, parou um pouco, então está tirando um tempo para ele e continua com vínculo na organização", explicou.

trk atuando pela LOS no RMR do BLAST.tv Paris Major

"É um talento que podemos ter no time e eventualmente fazer alguma troca. Está cedo para falar se ele fica ou não, é um grande jogador, alguém que confiamos em ter representando a LOS, mas se não for o melhor jogador dentro do projeto que vai ser construído, vamos fazer o possível para ter ele em algum outro projeto e fazer essa transição", completou.

E o Academy?

Enquanto o time principal não jogou, a escalação academy da LOS fez um breve retorno, disputou alguns jogos em junho, mas logo entrou em hiato. Terron explica que a nova pausa se deu por conta do desejo de Vinicius "vinaabEAST" Santos em jogar por uma equipe de primeiro escalão.

"Nós construímos o projeto em volta do vinaa e do ueta, mas, logo no começo o vinaa trouxe uma expectativa que não gostaria de jogar no Academy, que gostaria de estar em um time principal, então liberamos ele para o Flamengo. Com a saída dele, decidimos não manter (o time)", explicou.

"Temos o ueta muito mais como embaixador e influenciador dentro da LOS, não necessariamente como jogador, até porque ele tem uma segunda carreira como ator. Não temos outros jogadores no academy, todos foram liberados", completou.

Gás no conteúdo

Nem só de competição vive a LOS. Com uma forte veia de criação de conteúdo, a organização também tem streamers e influenciadores ligados ao Counter-Strike, como é o caso de Dener "KHTEX" Barchfield, Matheus Ueta e Pedro "duffy" Faganelo. Terron prometeu força total na vertente.

"A FACEIT está voltando com uma proposta muito legal de reativar a plataforma, e a LOS é uma parceira, então reativamos nosso clã. Fomos para o Community Clash lá em Valência, foi o time que ganhou, então voltamos agora com uma estratégia de propor esses conteúdos em parceria com a FACEIT. Imagino que nesses últimos dois meses do ano, vamos trabalhar muito conteúdo com as lives", adiantou.

KHTEX atuando pela Sharks em 2017

Além disso, quando o time voltar, o sócio também prometeu um canal de bastidores.

"Nosso desejo interno é de ter um segundo canal no YouTube para um conteúdo mais de bastidor, mostrar o dia a dia das equipes, então estamos preparando melhor nosso centro de treinamento para fazer isso em todas as modalidades", contou.

"Fizemos isso esse ano no Rainbow Six e LoL, enquanto no CS o time ficava nos Estados Unidos, então não tínhamos estrutura para fazer o audiovisual, mas nossa ideia é também trazer o conteúdo de bastidores, mostrar o lado do competitivo que às vezes não é tão claro assistindo o jogo, que existem pessoas, que todo mundo sofre quando perde, fica feliz quando ganha, existe um preparo gigantesco por parte dos jogadores e da staff. A ideia é mostrar isso um pouco. Estamos trabalhando muito mais uma linha de entretenimento, humor, mas bastidor é algo que queremos mostrar bastante", finalizou.

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