Prédio da Kinguin EPC em Varsóvia (Foto: Divulgação/Kinguin)

Como é e quanto custa para ficar no CT usado por FURIA e Imperial

Conheça as instalações do Kinguin Esports Performance Center, xodó dos brasileiros que fazem bootcamp na Europa

Além de Katowice, a Polônia abriga outra cidade que recebe dezenas de brasileiros anualmente para jogar Counter-Strike: Varsóvia. A capital do país abriga a Kinguin Esports Performance Center, centro de treinamento que abriga times que desejam fazer bootcamp na Europa.

A Dust2 Brasil foi à EPC e conheceu a estrutura do local, além de encontrar a resposta para a pergunta de quanto custa fazer um bootcamp no local, localizado a cerca de 11 quilômetros do centro comercial e turístico de Varsóvia, o prédio pode ser identificado com certa facilidade pelo banner que indica a chegada ao local.

No total, são 2,5 mil m². Excluindo o primeiro andar, que é a recepção, o prédio tem 3 andares e um total de 8 salas de treino e 21 quartos individuais disponíveis para os jogadores e staffs das organizações passarem a noite.

Sala de treinos na EPC (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)
Quartos duplos da EPC (Foto: Divulgação/Kinguin)

O primeiro andar "útil" do Esports Performance Center é onde as equipes certamente passam mais tempo. Entre as diversas camisas autografadas dos times que já usaram o espaço para bootcamp, estão as salas de treinamento. Cada equipe presente tem uma sala específica, "bloqueada" para acesso enquanto estiverem lá.

Nos últimos dias, FURIA, Imperial e ODDIK utilizaram as instalações da Esports Performance Center. Com o retorno da Imperial nesta quinta-feira para o Brasil, somente a equipe de Andrei "arT" Piovezan segue no CT.

Reserva da sala de treinamento para a FURIA (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)
Andar das salas de treinos (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

E claro, como não poderia ser diferente ao abrigar grandes times de CS:GO e de outras modalidades, a EPC preza por contar com uma ótima configuração para os jogadores. Confira os hardwares atuais e o monitor que os times usam:

  • Processador: Intel Core i7-12700KF

  • Placa de vídeo: ASUS TUF RTX 3070TI

  • Memória RAM: 32 GB DDR4 3600Mhz CL16

  • Monitor: BenQ XL2546 240hz

Evidente que a maior parte do tempo as equipes passam em suas salas treinando, mas a EPC também conta com outros ambientes para os jogadores tirarem, por um momento, a cabeça dos jogos. No segundo andar, os times podem ir para a academia e também se reunir para comer. Em alguns casos, as equipes comem a própria comida oferecida pela staff.

Local onde se juntam para comerem (Foto: Divulgação/Kinguin)
Espaço com máquinas de café (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

Porém, em alguns outros, os times têm preferência por pedirem sua própria comida. É o caso da Imperial e da FURIA, que optaram por fechar um acordo com o chef de um restaurante brasileiro perto da EPC. Assim, as equipes recebem a comida típica do Brasil.

No terceiro e último andar está outro ambiente sem muita relação com os esports. Lá os times têm espaço para jogar sinuca, beber e conversar.

Último andar do Kinguin (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

E quanto custa?

A pergunta que boa parte dos times brasileiros fazem é realmente quanto custa para fazer o bootcamp na Kinguin. Claro que as passagens de avião são de responsabilidade do time e têm preço variáveis, porém o valor para utilizar as instalações da EPC tem uma média definida - no entanto, também negociável.

Head da Kinguin EPC, Paweł Książek optou por não entrar em muitos detalhes acerca do valor, mas revelou que, em média, o custo por time é de € 600 (mais de R$ 3,3 mil) por dia para ficar no CT. A quantia vária pela quantidade de jogadores e se optam por dormir na própria EPC ou em hotéis.

Porém, Paweł explicou que estão abertos a contrapropostas e que conversam os times para renegociar esse custo diário médio.

"Muitas vezes acontece da gente falar o valor (de € 600) e muitos times, principalmente aqueles menores, sem tanto aporte financeiro, somem e param de responder. É importante que eles saibam que nós podemos negociar esse valor para tentar chegar em uma opção que também os agrade. Claro que lucrar, somos uma empresa", disse em entrevista à Dust2 Brasil.

"Porém queremos ajudar o cenário, nos esforçamos para isso. Nosso objetivo é fazer com que os jogadores sintam-se em casa e deixá-los com a cabeça limpa, podendo ficar só nos treinos", continuou.

A expectativa é que o valor diário da Kinguin sofra um acréscimo rumo à 2024. O contrato com o dono do prédio onde a EPC fica chega ao fim em junho deste ano e a empresa já estuda novos lugares para levar todas as suas instalações. O CT continuará em Varsóvia.

Como a EPC atual fica perto de um aeroporto, o prédio não pode receber obras que aumentariam o seu tamanho. Paweł revelou que os planos são de criar um ambiente duas vezes maior que o atual, focando tanto em ter mais salas de treinamento quanto em quartos individuais para hospedar mais jogadores, sem precisar que eles reservem a estadia em hotéis próximos.

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