GaBi quer FURIA com "pé no chão" para vencer mundial feminino
A FURIA chega nas finais da 2ª temporada da ESL Impact League, o mundial feminino, entre as favoritas. Para Gabriela "GaBi" Maldonado, jogadora recordista em participação de campeonatos internacionais, o time precisa de humildade.
"Temos que manter o pé no chão, não podemos ir de nariz em pé. Jogo é jogo. É chegar e dar o nosso melhor. Se fizermos isso, vamos mandar bem e chegar na final, quem sabe ganhar da Nigma", afirmou a jogadora da FURIA após participação no Red Bull Flick*, direto de Copenhague, na Dinamarca.
A FURIA está no Grupo B da competição, ao lado da também brasileira B4, da 9 Pandas Fearless e da ATK. GaBi fez uma breve análise das adversárias.
"A B4 já conhecemos porque sempre jogamos no Brasil, mas nunca jogamos em LAN, então talvez seja um pouco diferente. Não temos muitas informações sobre as russas e a ATK vai ficar mais pro nosso analista e pro nosso coach depois passarem as informações", disse.
Antes da disputa começar, a FURIA se preparou por cerca de um mês em Estocolmo, na Suécia, em algo inédito para os times femininos. GaBi conta que o bootcamp foi proveitoso e que o time conseguiu treinar com equipes de bom nível, incluindo times masculinos e times femininos que não se classificaram para as finais do mundial.
"Estamos treinando bastante e conseguimos ver e consertar vários erros que no Brasil não conseguíamos ver. Estamos confiantes e dessa vez vai 'dar bom'", disse.
"Eu já fiz outros bootcamps e na época era bem complicado porque não conseguíamos marcar treino. Desta vez foi um pouco melhor porque conseguimos treinar contra times melhores. Às vezes é um pouco complicado para marcar também, mas conseguimos em cima da hora. E a gente é muito mais punida do que no Brasil, então podemos corrigir (erros) para chegarmos mais preparadas", completou.
CS é CS
As finais da 2ª temporada da ESL Impact League, realizadas durante a DreamHack Winter em Jönköping, na Suécia, marcam o fim do calendário anual do #GGFORALL, o programa lançado pela ESL esse ano para estimular o cenário feminino - foram várias ligas regionais e duas finais presenciais internacionais realizadas, e o número de LANs ano que vem aumentará para três.
GaBi se diz satisfeita com a evolução do cenário feminino.
"É bem diferente. O cenário feminino está muito mais profissional do que antes, agora conseguimos nos programar para bootcamps dentro ou fora do Brasil. O cenário está evoluindo", disse.
Com isso, a equipe já não convive mais com o fantasma de uma migração para o Valorant, que tem construído um cenário feminino igualmente saudável.
"CS é CS. Nós pensamos em migrar quando não estava tendo muitos campeonatos, o CS estava meio que jogado de lado pro cenário feminino. Ver (o investimento da) ESL, teremos mais torneios para jogar, a tendência é melhorar. Ano que vem vamos vir com tudo, não queremos saber de outro jogo, vamos continuar no CS e não sair mais", finalizou.