saffee no Major do Rio (Foto: João Ludgerio/Dust2 Brasil)

saffee sobre 1ª LAN no Brasil: "Experiência que vou guardar para sempre"

Awper analisou as partidas já jogadas pela FURIA no Major

Rafael "saffee" Costa está vivendo muitas situações inéditas vestindo a camisa da FURIA. Uma delas é disputar o primeiro campeonato presencial no Brasil, sendo ele o IEM Rio Major 2022. Em entrevista à Dust2 Brasil, o awper afirmou que está sendo "uma experiência única, uma loucura".

Levemente emocionado, saffee elogiou os brasileiros presentes no pavilhão 6 do Riocentro: "A torcida brasileira não tem igual, no mundo inteiro. É a primeira vez que estou jogando em uma LAN no Brasil. Então, está sendo uma experiência que vou guardar para sempre".

A torcida transformou o pavilhão em um verdadeiro caldeirão e, em muitos lances decisivos nas partidas envolvendo equipes brasileiras, tenta avisar, com gritos, onde estão os adversários. saffee confirmou consegue sentir a vibração do palco "quando está rolando algum grito, mas não consegue identificar o que estão gritando. Mas a vibração quando mata alguém, acerta um tiro, você sente o palco vibrar".

Questionado se o clima criado pelos torcedores coloca uma pressão extra em cima dos times brasileiros, saffee respondeu que "a pressão vai ter para os dois lados, principalmente por sermos brasileiros e estarmos aqui representando o Brasil. Mas, quando conseguimos transformar em coisa positiva, para empurrar, dar mais motivação, é o pontocerto. Então, vamos sempre tentar fazermos isso".

Equipe injustiçada por "caso guerri"

Às vésperas do Major do Rio, a FURIA comunicou que Nicholas "guerri" Nogueira não iria ficar junto ao time no palco porque a Valve voltou atrás e manteve a punição aplicada ao treinador quanto ao "bug do coach".

Assim como a própria organização e guerri, a opinião de saffee é que a FURIA foi injustiçada para o campeonato mais importante do segundo semestre: "Ainda mais por ele ter sido absolvido e depois voltarem atrás. Fomos injustiçados, mas o guerri está conosco o tempo inteiro e estamos jogando por ele também. Então, é uma motivação a mais para nós".

O "coach" akkari

Apesar da FURIA possuir um coach assistente, não foi Marcos "tacitus" Castilho o escolhido para ser o substituto de guerri. A equipe optou por ter André Akkari, um dos donos da organização, atrás dos jogadores durante as partidas.

"Akkari dispensa comentários. É um cara incrível e toda bagagem que ele tem de competição, com certeza está agregando muito para nós e estamos muito felizes de ter ele conosco", afirmou.

Sticker altamente elogiado

saffee é dono de um dos stickers mais bonitos do Major do Rio, na opinião de grande parte da comunidade. Ele explicou que decidiu "fazer alguma coisa diferente" por se tratar de um campeonato acontecendo no Brasil. "Não queria fosse uma assinatura normal. Como sou cristão, tenho uma fé muito forte, juntei tudo. Pensei no Cristo Redentor e tudo foi se aliando", completou.

Campanha da FURIA no Major

Diferente das últimas edições que disputou, no IEM Rio Major a FURIA começou pelo Challengers Stage. saffee vê tal situação de forma positiva, dizendo que o time se sente "privilegiado de poder jogar mais aqui diante a torcida". O jogador ainda elogiou a decisão da ESL de colocar torcedores desde o início do mundial. "Claro que vai ter mais trabalho, mais frustração, mas temos que pensar sempre pelo lado bom", opinou.

A equipe brasileira estreou contra BIG, numa Vertigo em que teve um início avassalador, mas acabando tomando a virada na prorrogação após um TR de baixa performance. Ao explicar o segundo half aquém do esperado na partida, saffee disse que, "talvez, seja um pouco de técnica, talvez seja um pouco de pressão de fora. Você querer fechar logo o mapa com muita gente te assistindo. É um pouco de tudo".

A FURIA voltou melhor para o segundo compromisso no primeiro dia de competição diante 00Nation. Foi o reencontro entre as equipes após a ESL Challenger Valencia. Diferente de lá, saffee e os companheiros venceram os compatriotas. E, segundo o jogador, no torneio que aconteceu na Espanha, a equipe "estava em um momento diferente dentro do time. Estávamos numa decaída. Tínhamos ido muito bem na EPL daquele semestre, no Major e depois a gente decaiu".

"Mas, agora, estamos de novo numa crescente. Foram momentos diferentes que fizeram a diferença para nós no Rio".

A segunda vitória da equipe brasileira foi contra OG, numa Mirage na qual a FURIA precisou levar para a prorrogação para triunfar. Sobre a partida, o awper apontou que o time teve "muitos rounds bons, que eles não tiveram chance e tiveram alguns rounds, alguns 2vs2, que foram para o lado deles e afetou um pouco a gente. Mas mantivemos a resiliência e lutamos até o fim".

Na opinião do jogador, por ter sido uma partida fluída na qual "o time esteve muito bem", não houve um lance no qual sentiu que a virada ia acontecer. "Até falaram que os frags estavam muito parecidos entre nós. Quando o jogo está fluído assim você meio que não pensa em uma jogada específica porque está todo o time num flow e nos portamos muito bem nessa situação".

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