zews descarta retorno e opina sobre reuniões de TACOLD e Imperial
A atual temporada está sendo especial para a comunidade brasileira, que vem acompanhando o retorno do quinteto bicampeão mundial. Em entrevista à Dust2 Brasil, o comandante desses títulos, Wilton "zews" Prado, descartou a possibilidade de voltar, mas avaliou o retorno dos ex-companheiros, revelou a intenção de criar uma própria organização e falou sobre o infarto sofrido em abril.
"É muito legal de ver o TACO e o coldzera levando uma geração nova. O FalleN, fnx e o fer trazendo essa velha geração para, dizermos assim, sair com gosto", afirmou o treinador em entrevista à Dust2 Brasil.
zews também comentou sobre o confronto protagonizado pelos dois times durante o Play-in da IEM Cologne.
"Como não vou assistir isso daí. Tem que acompanhar. Acho muito legal. Acho que eles devem ter passado uma emoção impressionante ali dentro porque mexe com muita história. É amigo do lado, mas é competição e todo mundo quer ganhar. Eu acho legal e vejo com bons olhos", opinou.
O treinador apontou para o embate entre gerações no duelo: "Eu vejo a geração antiga, que pavimentou o cenário para tudo aqui no Brasil, e quem vai levar a tocha para frente. Fico muito feliz em saber que fomos muito bem representados. Representamos muito na nossa época e, quem está vindo para carregar essa tocha, está com toda promessa do mundo porque a molecada é braba".
Questionado se assistir os ex-comandados gera um desejo de voltar ao cenário, o ex-treinador garante que não. "Estaria mentindo se falasse que não bate uma saudade porque a molecada são meus irmãos. Mas, vontade de voltar não dá, até por causa do infarto. A gente leva uma vida muito corrida lá fora. Seis anos na estrada, que a gente não para em casa, comendo mal, fazendo as coisas. Então, saudades dá, mas não está nas cartas mais", afirmou.
Sobre o futuro, zews disse que possui alguns projetos, como um software de FPS, uma agência de influenciadores e deu um spoiler: "Eu vou tentar abrir a minha própria organização, fundada pela galera".
Segunda chance
No fim de abril, zews surpreendeu a comunidade ao revelar que sofreu um infarto e que descobriu que estava com 90% de uma artéria obstruída. Passado o episódio, o ex-treinador fala que recebeu uma nova chance para continuar vivendo.
Estou bem melhor. É uma segunda chance, que foi bem grave, né. Tive 95% da artéria entupida. Então, a chance, óbvia, era de 99% de sequela, mas sou um cara de sorte. Estou bem de coração, estou melhor do que antes, sem sequela, sem nada. Então, estou pronto para mais uma rodada. É uma segunda chance para tudo, maneirar um pouco mais na vida, mas curtir um pouco mais.
Seleção para o Brasil voltar ao topo
zews ainda avaliou o atual estado das equipes brasileiras perante ao competitivo mundial. O ex-treinador relembrou que ele, junto dos bicampeões mundiais, ajudaram "a pavimentar o caminho, então, éramos os pioneiros" e, "agora, muita gente está tendo a chance de provar".
Sobre a nova geração, zews afirmou que tem "uma molecada que está vindo com sangue nos olhos e tem essa chance de correr atrás". Contudo, revelou o desejo de ver uma seleção com os melhores do país sendo criada.
Gostaria de ver uma união de times de novo, pegar as principais peças de cada um para fazer aquela super seleção para ter um time na frente, uma seleção mesmo. Dois, pelo menos, da FURIA com certeza precisariam estar e ver o que tem aí, quem está vindo que vai ser revelado para fazer esse futuro.
Mas este não é o único sonho que zews gostaria de ver se concretizando. O ex-treinador falou também sobre a possibilidade das equipes brasileiras voltarem a competir no país: "Acho que é do caralho, no português bem claro. Trazer equipes para cá, movimentar o patrocínio daqui vai gerar muito emprego, não só para os jogadores, mas também para os organizadores (de torneio). Traz o holofote pra cá".
Ainda na opinião do ex-treinador, "seria muito legal ter esses times aqui competindo daqui, com exposição. O que eu espero é que o Brasil faça direito. Invista o dinheiro corretamente dessa forma para fazer o espetáculo que é. O Gaules é a prova de que público a gente tem. Então, agora, tendo um evento aqui, só tende a ir pra cima".