FURIA não se sente pressionada no major, garante tacitus

A FURIA está a apenas uma vitória de se garantir nos playoffs do PGL Major Antwerp, mas segue com os pés no chão. É o que garante Marcos "tacitus" Castilho, que está treinando o time durante o campeonato por conta da punição de Nicholas "guerri" Nogueira.

"Hoje estamos lidando com cinco atletas, então quando falamos sobre psicológico, favoritismo, isso não nos afeta negativamente de nenhum jeito", afirmou tacitus em entrevista à Dust2 Brasil.

"O drop, o mais jovem do time, está levando esse major como qualquer outro campeonato. Óbvio que tem um tempero especial por ser major, mas não estamos carregando essa pressão internamente", continuou.

"Entendemos que a comunidade, ao mesmo tempo que nos dá um suporte gigante, coloca essa pressão. O nosso pé está muito no chão, não existe pressão interna de favoritismo, apesar de ser uma situação nova para a FURIA, estamos lidando super bem com isso", garantiu o treinador.

E tacitus têm tido um papel fundamental na gestão do time, mesmo que a equipe conte com guerri em alguns momentos e outros membros importantes do staff, como o Marcos Bernardo, performance trainer, e Gilberto Nering, médico.

"(O fato de) eu ser o cara mais próximo dos meninos foi um desafio maior em Estocolmo, por eu não ter tanta intimidade quanto é agora. Já joguei junto com o saffee e o restante dos meninos já tenho 1 ano ou 1 ano e meio de convivência, então já tenho uma facilidade muito maior de entender quem está precisando de uma conversa de lado, quem está bem e quem está mal. Hoje em dia não tenho mais nenhuma dificuldade nesse sentido", completou.

Vitória contra a intensidade

Sobre o triunfo contra a BIG, tacitus afirmou que o time foi preparado para jogar tanto a Mirage quanto a Vertigo e não se surpreendeu com os vetos.

"Quando chegamos para esse jogo, sabíamos que eles iam ter o side choice, porque eles eram o time B, e esperávamos que iam sobrar três mapas, Vertigo, Nuke e Mirage. Aí ficava na mão dos caras, sobrariam Mirage ou Vertigo, e a gente iria em uma das duas. Tínhamos essa consciência e foi tudo dentro do plano mesmo", contou.

O TR da FURIA encaixou, com o time construindo uma vantagem de 12-3 já na primeira etapa. De acordo com tacitus, é difícil parar os brasileiros quando eles ganham confiança no ataque.

"A gente nunca imagina que vai ser fácil, principalmente porque os caras da BIG são caras de muita intensidade, tem muitas coisas planejadas, muitas jogadinhas com utilitários, então sempre é um jogo difícil. Mas conseguimos o pistol e o antiforçado, os primeiros dois passos que você precisa para criar aquela bola de neve no half", explicou.

"No que conseguimos converter ali os primeiros armados do jogo, a gente começou a criar momento, fica difícil parar a gente. O que agrega muito ao nosso estilo é esse momento que construímos no TR. Depois que conseguimos, é muito difícil fazer menos de 10 rounds naquele half", completou.

De CT, a FURIA tomou alguns rounds e viu a vantagem diminuir. Para o treinador, porém, isso foi mérito total do adversário.

"Acho que foi muito mérito da BIG, eles encaixaram um plano de jogo muito legal no começo do TR deles, muito parecido com o que a gente fez no nosso próprio TR, então se tivemos mérito no half que nós construímos, eles também tiveram mérito na tentativa de comeback que eles construíram contra nós", disse.

Mais um dia no escritório

Além da vitória, tacitus também comemorou o avanço da FURIA para as séries md3. De acordo com o treinador, conseguir evitar mais surpresas durante as primeiras rodadas é essencial.

"Você perde dois pistols, você perde um round que você deveria perder, uma situação de clutch, um 2 contra 1, um 3 contra 2, você se complica muito. Na md3 nós temos mais gordura. Não que a gente não vai impor o mesmo ritmo, que vamos manter a mesma responsabilidade dentro do servidor, mas vamos manter a tranquilidade e saber que teremos mais tempo para trabalhar a nossa performance", disse.

O formato, de acordo com o treinador, coloca o time na sua zona de conforto.

"Estamos na nossa zona de conforto, viemos de uma performance na Pro League, que foi só md3, conseguimos chegar no top 4 e dava para ter almejado uma final ali. Acho que agora de fato não tem nada além de mais um dia no escritório para gente, estamos aqui para trabalhar, dar o nosso máximo, e é exatamente o que vamos tentar fazer amanhã", finalizou.