Tuurtle sobre Astralis: "Temos condições de ganhar deles"
O MIBR respirou no PGL Major Antwerp. Depois de estrear com derrota contra a Outsiders, a equipe teve mais um duelo apertado, mas conseguiu vencer a 9z por 16-14 na Overpass. Após o confronto, Matheus "Tuurtle" Anhaia destacou a dificuldade dos dois primeiros jogos.
"Entramos com a mesma mentalidade, nos dois jogos enfrentamos times muito fortes. A 9z é um time que nos conhece bastante, jogamos contra eles umas cinco vezes nesse semestre. O bit conhece eles, eles conhecem o bit, é sempre uma questão", afirmou o jogador em entrevista ao Dust2 Brasil.
"Contra a Outsiders foi a mesma coisa, é um time top 10 do mundo, e nos dedicamos muito para esse jogo, nos preparamos muito, viemos muito focados. Os dois times são muito fortes, estamos no major, então querendo ou não, todos os times são muito fortes, os resultados apertados mostram que todo mundo é bom", completou.
Mesmo começando do lado CT, considerado o mais forte do mapa, o MIBR não conseguiu construir uma grande vantagem e foi ao intervalo vencendo por 8-7. De acordo com Tuurtle, o resultado não preocupou o time.
"Acho que não, porque o nosso time tem um TR muito sólido. Eles ganharam o pistol e isso traz uma vantagem. O 8-7 poderia ter sido um 10-5 para nós, querendo ou não fizemos um bom CT. Nós quebramos durante o half e ganhar forçado não te ajuda a ter um placar elástico. Por não termos ganhado o forçado e por termos ganhado o pistol, acho que o placar foi justo", explicou.
Rivalidade?
9z e MIBR fizeram um dos jogos mais intensos do primeiro dia do mundial, com provocações e gritos dos dois lados. Tuurtle, assim como Raphael "exit" Lacerda, também acha que o barulho incentiva, e destaca que não há nada pessoal entre os brasileiros e os hermanos - mesmo que eles tenham se enfrentado bastante nos últimos tempos.
"Eu acho que não tem rixa, gritamos para nos puxar entre nós, todos do time se hypam muito entre si. Mesmo que tentamos provocar os adversários, estamos nos incentivando. Quando vemos alguém gritando ficamos mais animados, hypados, é mais algo pessoal do time do que contra o adversário, porque não importa quem seja nós vamos gritar, vamos dar uma provocada na língua do adversário para brincar, mas é tudo uma coisa entre a gente", contou.
O clutch
Além da vitória, o jogo foi especial para Tuurtle por conta de um round específico: quando o placar marcava 14-14, o jogador venceu um 1 contra 2 para botar o MIBR no match point. Tuurtle explicou o lance.
"Eu estava entrando fundo, optei em não jogar pela rua porque na maioria dos rounds eu estou do lado do chelo no trade, e naquele round eu dominei fundo sozinho, fui indo e, quando vi que o time estava entrando, eu falei 'calma time, vou ganhar o round'. As kills aconteceram, eu peguei um cara no default, e aí falei para o exit plantar rápido porque eu teria o cross. Aí ele morreu, eu sabia que tinha um caminhão, e acho que o JOTA morreu na liga e falou que tinha um costas", disse.
"Naquela hora eu só pensei 'por favor, abre pra mim porque eu vou matar você', ele abriu, eu matei e daí, quando eu vi que o cara do caminhão não deu o trade insta, eu olhei o tempo, vi 8 segundos e falei que o round era meu, porque achei que o cara estaria nervoso, ia querer jogar no tempo e era só eu ter calma que eu mataria ele", completou.
E a Astralis?
Agora, o compromisso do MIBR é diante da Astralis, às 8h15, no último jogo das séries md1. Uma vitória significa ficar a um passo dos playoffs, enquanto uma derrota significa se aproximar da eliminação. Para Tuurtle, porém, um triunfo é possível.
"Temos que nos preparar muito, focar bastante no nosso jogo. Se fizermos o que sabemos fazer muito bem nós temos condição de ganhar deles, sabemos que são adversários difíceis, europeus são sempre adversários difíceis, mas se pensarmos só no nosso, nas nossas táticas, nos nossos objetivos, nas coisas que temos que desenvolver no jogo, acho que podemos conseguir sair com uma vitória diante deles", finalizou.