land1n com o uniforme da e-Xolos LAZER (Foto: Divulgação/e-Xolos)

land1n cita motivação após uma década competindo: "Quero meu sticker"

Veterano falou do período na América do Norte com a e-Xolos e os próximos passos da carreira

Paulo "land1n" Felipe é um nome presente no competitivo brasileiro há uma década, competindo desde 2014. O jogador, que teve seu auge com a paiN, agora está sem time depois de sair da e-Xolos LAZER, que foi sua casa no México entre fevereiro e novembro deste ano.

"A galera acha que é fácil estar em outro país, mas é ainda mais complicado porque estar lá fora exige mais da organização, você também está longe da família. Então nós tivemos um pouco de dificuldade neste período", disse em entrevista à Dust2 Brasil.

land1n explicou que um dos problemas que precisou enfrentar enquanto esteve com a e-Xolos foi que o time precisou comprar as peças para seu computador, monitor, periféricos, e tudo mais. De acordo com o jogador, os salários eram basicamente para pagarem estes custos.

"Foram poucas organizações que passei que tive esse apoio realmente, com uma gestão séria, de qualidade, sabe? A paiN, Case e talvez a Tempo Storm tenham sido essas organizações", explicou.

A saída da e-Xolos, anunciada na última quinta-feira, é uma união de fatores conforme contou land1n.

"(A decisão) veio do time, mas eu já estava bem desanimado porque nós passamos por muito estresse. Eu não desempenhei muito bem esse ano, saí da minha função, já que fui IGL na maioria dos times que passei, e esse ano foi o tata(zin). Tenho agora o desejo de voltar a ser capitão."

Com 30 anos e uma década no competitivo, land1n tem três títulos da Gamers Club Masters, Brasil Game Cup e do CLUTCH League S1. O veterano falou sobre a motivação de seguir como jogador profissional.

"Quero estar na China também, jogando RMR, campeonatos grandes, um Major... este é meu grande sonho, minha vontade é ter o sticker no jogo", disse.

Para realizar o feito, land1n sabe o que quer fazer nos próximos meses para conseguir atingir o nível competitivo desejado e disputar grandes torneios.

"Estou focado em ser a cabeça de um novo projeto, liderar de novo. Tem a possibilidade de entrar em um time formado, mas é complicado que vá aparecer uma oportunidade para mim, com 30 anos, sendo AWP. A não ser que esteja amassando, com as estatísticas lá em cima."

"A minha ideia no momento é completar para algum time no que aparecer, fazer live, algo que vá me mantendo na mídia. Tenho um networking bom, então quero conversar com algumas organizações e apresentar algum projeto", acrescentou.

Período na América do Norte

Durante a temporada em 2024 e também pela Só Joga, em 2022, land1n atuou na América do Norte. O veterano, que conhece bem o cenário sul-americano, falou das qualidades de cada região e a experiência internacional.

"Para viver lá fora, é necessário uma organização com uma gestão muito boa. Estar fora do Brasil exige um psicológico muito forte por estar longe da família, em país com costumes e comidas diferentes. É preciso uma estrutura muito boa da org."

"O ponto positivo de estar na América do Norte é que você treina com times bons. Nós treinamos muito com a Wildcard, alguns europeus, então dá uam experiência muito boa. O pessoal acha que o NA está fraco, mas bota um time do BR pra jogar contra uma M80, NRG... Acho que os cenários estão no mesmo nível", seguiu land1n.

land1n admite que outro ponto negativo é a invisibilidade que os jogadores podem passar enquanto estão fora do Brasil.

"Isso já aconteceu em alguns momentos na minha carreira. Quando estava na Case, nós fomos direto para a Europa, e nós ficamos um pouco esquecidos porque o foco, claro, é no Brasil."

"Nós conseguimos uma vaga lá no NA, entrando na ESL Challenger, que nos ajudou a dar uma visibilidade para mostrar que estamos ali, pelo menos, em um campeonato principal. Porém, claro que perde visibilidade, a não ser que seja um time como a Legacy porque estão ganhando de time bom", finalizou.

Leia também

Você precisa estar logado para fazer um comentário.