Xamp diz que Fluxo sai da BLAST com "saldo positivo" e "lições aprendidas"
O Fluxo saiu da BLAST Premier Fall Final sem nenhuma vitória, mas, para Willian "Xamp" Caldas, o saldo é positivo. Em entrevista após a derrota para a G2 no jogo eliminatório do Grupo B, o treinador garantiu que a má campanha não vai contaminar o time para a reta final do ano.
"De forma nenhuma isso vai nos abater. Sabíamos da dificuldade e, às vezes, quando você está ganhando, ganhando e ganhando, como estávamos no Brasil, você não evolui e aprende tanto. Aqui tivemos várias lições que podemos implementar para o nosso time para continuarmos tendo um ciclo de vitórias no Brasil", afirmou Xamp à Dust2 Brasil.
"O saldo é positivo, apesar de que acreditamos que poderíamos ter ido um pouco mais longe. Pegamos grandes adversários aqui, sabíamos que seria muito difícil de conseguir batê-los, porque eles já vivem num nível mais alto que o nosso há muito mais tempo. É nossa primeira competição tier S", acrescentou o treinador.
Diferente do primeiro dia, quando o Fluxo teve um ótimo começo e quase bateu a NAVI na Dust2, o time dessa vez entrou sonolento e tomou 16-4 no mesmo mapa. Xamp explica.
"Entramos bem devagar e perdemos muito combate de mira. Tomamos decisões ruins. O que definiu a partida de ontem foram essas micro decisões, porque fui muito no detalhe. Mas hoje não foi isso, foi ter entrado devagar, situações de caras fazendo quatro, cinco kills sem ser tradados, não conseguimos achar soluções durante o jogo para entrar de volta na partida", completou.
A escolha de Mirage por parte da G2 surpreendeu aos espectadores, já que uma Inferno era esperada. Xamp afirmou que imaginava a possibilidade remota da escolha do mapa e preparou o time.
"Tínhamos consciência que existia a possibilidade de ser Mirage, talvez não no pick deles, mas no decider, então estávamos bem preparados. Óbvio que, quando você tem um adversário que no dia de ontem perdeu o mapa, você não espera o pick com tanta confiança, mas estávamos prontos, tínhamos todas as ideias do que eles faziam, counter, coisas novas que entraram hoje e funcionaram bem, seja domínio do meio, táticas novas da NAVI que conseguimos implementar, mas acredito que, na conta final, faltam rounds um pouco mais limpos, e aí entram as micro decisões, de estar num situacional vantajoso e conseguir monetizar um pouco mais", disse o treinador.
Apesar de não ter conseguido passar de fase e jogar na frente do público dinamarquês da Royal Arena, Xamp se disse honrado com a oportunidade.
"É muito bom estar aqui, uma experiência maravilhosa, absurda, de estar entre os melhores do mundo. Para 2023 planejamos conquistar esse tipo de vaga para ir criando casca e que, no futuro próximo, possamos tirar um mapinha aqui, uma série ali, ir galgando mais degraus acima para bater com os grandes", disse.
Antes, porém, o foco é seguir se destacando em solo nacional. Para a reta final do ano, o Fluxo ainda terá a Brazil Premier League e a reta final da CCT.
"Temos CCT #3 e a BPL, que dá vaga para fora, são nossos objetivos principais neste final de ano. Vamos lutar por eles, dá para mantermos o mesmo nível que mantivemos no Brasil e seguir batendo todas as equipes brasileiras, que já mostramos que conseguimos bater", finalizou.