arT diz que FURIA evoluiu e sonha com título do Major
Chegar ao Legends Stage do IEM Rio Major foi, para a FURIA, uma mistura de alívio com alegria. Andrei "arT" Piovezan, o capitão da equipe, reconhece que a pressão pela vaga era grande, o que fazem as coisas se misturarem.
"Tínhamos muita pressão nas costas para chegar nesse Legends. Somos os favoritos do Brasil, tínhamos de representar bem e, com a torcida desse jeito, não poderíamos fazer menos. Acho que é um pouco de felicidade, mas com um sentimento forte de dever cumprido", afirmou arT em em entrevista à Dust2 Brasil.
O que se viu no Riocentro hoje foi uma FURIA confiante e que, mesmo quando a GamerLegion conseguiu se aproximar do placar, não sofreu como no primeiro dia e foi capaz de fechar o jogo. arT diz que isso é reflexo do que chama de "lado FURIA".
"É uma faca de dois gumes. Tem partidas que custam bastante porque pecamos um pouco no lado FURIA. Essa mudança de pace para acalmar os rounds é algo que temos dificuldade de fazer e pode nos custar bastante. E, por incrível que pareça, às vezes pecamos por falta de agressividade. Acontece. É um pouco de tudo, temos de ter sempre um CS sólido para poder contar quando a agressividade não vinga. A busca do espaço é o meta do CS, algo importante, então essa mescla é muito importante para a gente", explicou.
"Claro que temos bastante coisa que não é só FURIA, fazemos muita coisa, e se alguém assistir os nossos jogos no round a round, tem muita coisa normal, jogo mais lento, com pace mudando no meio do jogo. Mas a mentalidade FURIA, quando encaixa, é difícil para os caras jogarem, porque nosso controle de espaço é muito grande, tiramos muita visão dos caras e temos muita vantagem quando isso acontece", seguiu.
E esse lado FURIA ganha ainda mais força quando é inflamado pela torcida. arT destacou o papel que os fãs tiveram hoje.
"Ajuda muito. Hoje conseguimos nos soltar mais, chamamos a torcida para ir junto nos rounds importantes, quando ganhávamos o round chave nós levantávamos e gritávamos com os caras. Com certeza ajuda bastante a empurrar o time, acreditar mesmo, de verdade. Quando o jogo está difícil os caras continuam apoiando, então posso dizer que a torcida está maravilhosa e nos ajudando muito", disse.
Agora, o time entra no Legends Stage com a responsabilidade de repetir as campanhas dos dois últimos mundiais e chegar aos playoffs. arT acredita que o "embalo" da primeira fase vai ajudar, mas o time precisa pensar jogo a jogo.
"Acho que é um fator sim chegar mais embalado, pronto. É um diferencial, e ao mesmo tempo temos de ter pé no chão, cabeça erguida e round a round. Não dá para iludir, pensar muito para frente. É round a round, sabendo quem é o próximo adversário, que mapa vai ser", afirmou o jogador.
E o título? arT tenta não criar expectativas, mas diz acreditar que o time pode vencer, já que aprendeu com os deslizes do passado.
"Eu vou dizer que dá (para ser campeão). Não gosto de criar expectativas, mas se pegarmos historicamente os nossos majors, os escorregões que demos nos playoffs com certeza fizeram parte da nossa evolução. Perdemos duas quartas de final que sentimos que escorregamos bastante. Trocamos muita ideia, corrigimos muita coisa, me sinto muito mais preparado. Penso jogo a jogo, em quem é o próximo adversário e como vamos ganhar deles", finalizou.