bit diz que "é difícil saber o que esperar" da Outsiders
Adversária do MIBR na estreia do PGL Major Antwerp, a Outsiders é uma incógnita para Bruno "bit" Fukuda. O treinador da equipe brasileira falou de como recebeu os rumores que pairam sobre o time de Dzhami "JAME" Ali.
"O que escutamos é o que todas as pessoas falam no Twitter, Instagram, Facebook e tudo mais. 'Os caras tão quebrados, o YEKINDAR vai sair do time'. Os caras tão com problemas que todo mundo sabe, mas internamente não sabemos o que está acontecendo. Pode ser que a galera esteja falando que está tudo ruim lá, mas na verdade está tudo de boa. Ou pode ser que realmente esteja tudo ruim, mas eles vão jogar sem pressão e vão estar tranquilos durante o jogo. É difícil saber o que esperar deles por estarem nesse momento conturbado, pode ser que estejam bem, pode ser que estejam mal. O importante é que a gente foque no nosso. Estamos confiantes, vai ser um jogo difícil mas podemos ganhar", declarou.
Focar no seu próprio jogo é o principal objetivo do MIBR no major. Com bons resultados nos torneios recentes, a prioridade da equipe é conseguir impor seu ritmo dentro do servidor para, aí sim, o resultado positivo aparecer.
"Nosso time tem características bem específicas, com jogadores muito agressivos e confiantes. Claro que treinamos questões táticas igual todos os times, mas temos que manter na cabeça o foco nas coisas que achamos que somos bons e no que acreditamos que é o diferencial do time, além de tentar o máximo fazer com que as coisas funcionem durante as partidas. Nosso foco não é muito em resultado, é mais em tentar jogar nosso jogo, fazer o que gostamos e aí os resultados vão ser consequência de estarmos jogando bem ou não, mais do que ficar focando em buscar alguma coisa".
Sem pressão
bit esbanja experiência como jogador, mas sua carreira como treinador tem poucos meses. O PGL Major Stockholm vai marcar sua estreia no comando de uma equipe em major, e ele garante estar tranquilo.
"Sendo sincero, não é algo que eu venho pensando muito. Eu já estive atrás dos meninos em alguns torneios nesse período que estou no time, mas era tudo online e esse vai ser o primeiro presencial e é jogo o major. Porém, é algo que nunca parei pra pensar até agora. Acho que é agir da mesma maneira, claro que é um campeonato muito mais importante do que os outros, mas não se importar tanto com isso e tentar fazer o seu melhor, independente do campeonato que você está jogando, é um ponto chave", disse bit.
Com o MIBR em constante evolução, bit admite que seu trabalho tem surtido efeito, mas sabe que este não é o único fator que resultou na melhora do nível de jogo da equipe.
"Creio que é um pouco de eu ter entrado e conseguir trazer bastante estrutura pro time, tanto dentro quanto fora do jogo, e acho que é um pouco de confiança porque começamos a jogar vários jogos seguidos e você embala nessa sequência, ganha confiança, vai quebrando barreiras, ganha de times que não ganhava antes. Vai de tudo um pouco, mas acho que a gente evoluiu bastante nesses últimos tempos. Principalmente desde a minha entrada eu vejo que o time realmente mudou muito, passamos por um período de mudanças, trocamos posições e táticas, e isso também tem um peso grande. Fico feliz de estar podendo ajudar o time", avaliou o treinador.
Passo a passo
Claro que o desejo final do MIBR é conquistar o título do PGL Major Antwerp, mas a equipe brasileira traçou seu primeiro objetivo no mundial: se classificar para o Legends.
"Eu sou uma pessoa que não cria muitas expectativas, na verdade eu nunca fui uma pessoa que fica criando metas e tudo mais. O primeiro passo é tentar ser Legends e tudo vai depender da nossa dedicação, do nosso esforço e de como iremos estar no dia, se vamos estar bem ou estarmos mal. Então, é dar nosso melhor e acho que o primeiro foco é virar Legends, passar para a próxima fase e acho que é isso. Depois vamos tentando escalar de pouco a pouco e ver o que acontece. A gente está bem preparado", finalizou.
* Colaborou Victor Hugo Porto