ESIC bane peacemaker e zakk pelo uso bug do coach
Luis "peacemaker" Tadeu e Rafael "zakk" Fernandes estão suspensos de competições filiadas à Esports Integrity Comission (ESIC) provisoriamente. A comissão revelou as punições aplicadas aos treinadores brasileiros e ao russo Sergey "hally" Shavayev, todos participantes do PGL Major Antwerp, por conta do "bug do coach".
O comunicado foi publicado nesta sexta-feira, um dia após a própria comissão revelar que três treinadores participantes do Major seriam suspensos, na última quinta-feira. A ESIC não especificou quantos tempo durará a punição de cada um, já que eles vão ter a chance de responder às acusações antes de uma pena definitiva.
Na nota, a comissão afirmou que não tem jurisdição sob competições da Valve e da PGL, por tanto não pode diretamente impedir a participação do trio no major. Mais cedo, porém, o dono da 9z,Francisco "Frankkaster" Postiglione confirmou que zakk também foi banido do mundial, então espera-se que a organizadora de torneios romena siga as decisões.
Quanto as punições aplicadas aos brasileiros, de acordo com a ESIC, peacemaker foi pego explorando a variante "Free-Roam Spectator Bug", enquanto zakk explorou o "Static Spectator Bug", quando o treinador ficava estático num ponto do mapa.
O bug de peacemaker aconteceu por um round em 2018, num duelo entre a Heroic, treinada por peacemaker, e a Imperial (europeia, não a atual equipe do brasileiro) pela ECS Season 5 European Challenger Cup. Assista:
Já zakk caiu no bug em duas oportunidades. Uma por "meio" round durante o confronto entre 9z e River Plate pela Aorus League 2020 #3 Southern Cone em agosto de 2020, e outro por um round durante Luminosity e eUnited pela seletiva americana da ESL One Cologne em maio de 2018. Assista:
Russo também foi punido
Outro treinador classificado para o Major suspenso foi Sergey "hally" Shavayev da Team Spirit, conforme comunicou a própria organização na manhã desta sexta. Em comunicado, o CEO do clube disse que o treinador não sabia da existência do bug na época e não queria se desconectar da partida para não deixar os jogadores enquanto o round estava sendo jogado. O executivo afirmou ainda que o coach não viu um único oponente, não podendo assim passar informações aos atletas.
A Spirit informou que a ESIC ofereceu uma dedução de 25% na punição para caso hally não apelasse e apenas admitisse das acusações sofridas. Em tom de indignação, a organização questionou o que a ESIC fez pelos esportes eletrônicos: "Eles declaram que a própria missão é lutar pela honestidade e ética, mas o que eles realmente fizeram? Eles influenciaram de alguma forma os problemas com match fix? Com os cheaters? Com radar hack?".
O CEO do clube disse ainda que nem a Spirit, nem hally sabem quem é a ESIC e que os organizadores de torneios não mencionam os códigos da comissão nos livros de regra. Tal informação foi "desmentida" pelo SVP da ESL, Ulrich Schulze, que, pelo Twitter, mostrou um trecho do rulebook utilizado pela empresa falando sobre ESIC.
Parte da comunidade apontou contradição no discurso da Spirit quanto ao fato da organização dizer que não conhecer a ESIC já que o clube, no ano passado, foi uma das equipes da Comunidade dos Estados Independentes (CIS, em inglês) pedir para a comissão conduzir uma investigação sobre as suspeitas da Akumar ter trapaciado durante um RMR da região.